sábado, 19 de março de 2011

Obama autoriza, no Brasil, uso da força militar contra Khadafi







Forças dos Estados Unidos e de mais quatro países iniciaram ataques contra as tropas do líder líbio Muammar Khadafi, segundo informou o presidente Barack Obama, em um comunicado a jornalistas norte-americanos que acompanham a visita dele ao Brasil. A força de coalizão é formada por Inglaterra, França, Itália e Canadá, além dos EUA
.Dilma e Obama falam sobre Líbia momentos antes de comunidade internacional iniciar ofensiva a país africano.


Renata Giraldi e Danilo MacedoRepórteres da Agência Brasil
Brasília – Por alguns minutos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidenta Dilma Rousseff conversaram hoje (19) sobre o agravamento da crise na Líbia. Para Obama, as circunstâncias obrigam a uma “pré-intervenção” no país africano, enquanto Dilma advertiu que a ação militar na região pode levar ao acirramento da violência.


A Líbia foi assunto da reunião dos dois presidentes, no Palácio do Planalto. O norte-americano reiterou que os abusos e as violações de direitos humanos cometidos por forças leais ao presidente líbio, Muammar Khadafi, são inadmissíveis. Dilma demonstrou concordar, mas alertou que a intervenção pode gerar mais violência no país.
A conversa dos dois presidentes ocorreu antes de a comunidade internacional iniciar a ofensiva militar sobre a Líbia, com o lançamento de mísseis. Não houve manifestação oficial do governo norte-americano até as 17h.
No último dia 17, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou - com 10 votos favoráveis e 5 abstenções, inclusive a do Brasil, a resolução que estabelece uma zona de exclusão aérea na Líbia e autoriza “todas as medidas necessárias” para “proteger civis e áreas habitadas [por civis]” de ataques das forças de Khadafi.
O Brasil, a China, a Índia, a Rússia e a Alemanha se abstiveram na votação. De acordo com diplomatas, a posição brasileira é uma forma de demonstrar que o uso da força não é o ideal no momento. A abstenção, neste caso, segundo eles, significa que o Brasil acreditava que havia espaço para a busca do diálogo como mecanismo para o cessar-fogo.

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