sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cabral presta solidariedade às famílias das vítimas da tragédia em Realengo

Governador decretou luto oficial de sete dias no estado do Rio de Janeiro em memória das vítimas da tragédia.



A cidade do Rio de Janeiro viveu nesta quinta-feira (7/5) uma tragédia antes só vista em outros países. Um ex-aluno, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu armado a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste, matou 12 estudantes e feriu outros 12. A tragédia só não foi maior porque o terceiro sargento do Batalhão de Polícia Rodoviária Márcio Alexandre Alves chegou a tempo de impedir que o atirador prosseguisse com o ataque. Consternado com o fato, o governador Sérgio Cabral compareceu à escola para prestar solidariedade e decretou luto de sete dias no estado. Durante entrevista coletiva realizada na quadra da escola, três horas depois da tragédia, Cabral informou que professores, funcionários e os 400 alunos da instituição estão recebendo assistência psicológica. O governador afirmou ainda que a Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios, está investigando os motivos que levaram Wellington Menezes a cometer os crimes. - Acredito que nós temos a obrigação de fazer e dar nossa solidariedade, nosso apoio às famílias desses jovens vitimados por este psicopata. Vamos dar assistência do ponto de vista psicológico aos feridos e aos sobreviventes. E aguardar as investigações para descobrir como esse psicopata adquiriu experiência com armas, a origem de todo este episódio lamentável, esta tragédia. Ele estava fortemente armado e com um cinto de munição de profissional - disse Sérgio Cabral. A chegada dos policiais heróis O assassino conseguiu entrar na escola alegando que iria buscar seu histórico escolar. Logo em seguida, iniciou os assassinatos. Feridos, dois alunos pediram a ajuda de policiais militares que realizavam uma operação de fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) a duas quadras do colégio. Imediatamente, os PMs se dirigiram ao local e conseguiram acertar com uma bala o assassino que, ferido e imobilizado, atirou contra a própria cabeça. Para Cabral, a ação policial evitou que uma tragédia maior acontecesse na escola de Realengo. - Quero agradecer ao herói, o terceiro sargento Márcio Alexandre Alves, que estava participando de uma operação perto do local. Dois meninos feridos abordaram as viaturas. Quando ele chegou à escola, o atirador já tinha acabado a tragédia no primeiro andar, e estava no segundo andar, quando se matou. Ele estava preparado para mais disparos, segundo a Polícia Militar - afirmou o governador. Helicópteros das polícias Civil e Militar ajudaram no resgate Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, dos 13 feridos, quatro foram resgatados em estado grave, sendo que um deles teve morte confirmada na noite desta quinta-feira. Para resgatá-los da escola, prestar os primeiros socorros e transferir as crianças para as unidades em que foram atendidas, a Secretaria de Saúde mobilizou 66 bombeiros, com o auxílio de cinco vans, 12 ambulâncias, um carro de salvamento, nove picapes, cinco helicópteros (um da Polícia Civil, um da Polícia Militar, dois do Corpo de Bombeiros e outro de uma rede particular de assistência em saúde) e três autopátios de emergência. Cento e vinte e dois médicos foram envolvidos no atendimento aos 13 feridos nos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, Adão Pereira Nunes, em Caxias, Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Central da PM, no Estácio, e no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Centro. Escola não será fechada O prefeito Eduardo Paes também agradeceu a atuação das forças policiais e disse que a Secretaria Municipal de Educação já fez contato com as famílias das vítimas e dos sobreviventes. Paes afirmou ainda que a escola não será fechada. - As aulas serão suspensas, mas o colégio não será fechado. A unidade tem a história de formação de muitos cariocas. Eles contam com a nossa solidariedade. Vamos deixar a escola funcionando e construindo novos sonhos - disse. Dilma decreta luto de três dias O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes receberam um telefonema da presidenta da República, Dilma Rousseff, logo depois dos assassinatos. Segundo o governador, Dilma estava chocada com a tragédia e queria se solidarizar com a população da cidade. O ataque fez a presidenta encerrar uma solenidade em Brasília para pedir um minuto de silêncio

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