Governador decretou luto oficial de sete dias no estado do Rio de Janeiro em memória das vítimas da tragédia.
A cidade do Rio de Janeiro viveu nesta quinta-feira (7/5) uma tragédia antes só vista em outros países. Um ex-aluno, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu armado a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste, matou 12 estudantes e feriu outros 12. A tragédia só não foi maior porque o terceiro sargento do Batalhão de Polícia Rodoviária Márcio Alexandre Alves chegou a tempo de impedir que o atirador prosseguisse com o ataque. Consternado com o fato, o governador Sérgio Cabral compareceu à escola para prestar solidariedade e decretou luto de sete dias no estado. Durante entrevista coletiva realizada na quadra da escola, três horas depois da tragédia, Cabral informou que professores, funcionários e os 400 alunos da instituição estão recebendo assistência psicológica. O governador afirmou ainda que a Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios, está investigando os motivos que levaram Wellington Menezes a cometer os crimes. - Acredito que nós temos a obrigação de fazer e dar nossa solidariedade, nosso apoio às famílias desses jovens vitimados por este psicopata. Vamos dar assistência do ponto de vista psicológico aos feridos e aos sobreviventes. E aguardar as investigações para descobrir como esse psicopata adquiriu experiência com armas, a origem de todo este episódio lamentável, esta tragédia. Ele estava fortemente armado e com um cinto de munição de profissional - disse Sérgio Cabral. A chegada dos policiais heróis O assassino conseguiu entrar na escola alegando que iria buscar seu histórico escolar. Logo em seguida, iniciou os assassinatos. Feridos, dois alunos pediram a ajuda de policiais militares que realizavam uma operação de fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) a duas quadras do colégio. Imediatamente, os PMs se dirigiram ao local e conseguiram acertar com uma bala o assassino que, ferido e imobilizado, atirou contra a própria cabeça. Para Cabral, a ação policial evitou que uma tragédia maior acontecesse na escola de Realengo. - Quero agradecer ao herói, o terceiro sargento Márcio Alexandre Alves, que estava participando de uma operação perto do local. Dois meninos feridos abordaram as viaturas. Quando ele chegou à escola, o atirador já tinha acabado a tragédia no primeiro andar, e estava no segundo andar, quando se matou. Ele estava preparado para mais disparos, segundo a Polícia Militar - afirmou o governador. Helicópteros das polícias Civil e Militar ajudaram no resgate Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, dos 13 feridos, quatro foram resgatados em estado grave, sendo que um deles teve morte confirmada na noite desta quinta-feira. Para resgatá-los da escola, prestar os primeiros socorros e transferir as crianças para as unidades em que foram atendidas, a Secretaria de Saúde mobilizou 66 bombeiros, com o auxílio de cinco vans, 12 ambulâncias, um carro de salvamento, nove picapes, cinco helicópteros (um da Polícia Civil, um da Polícia Militar, dois do Corpo de Bombeiros e outro de uma rede particular de assistência em saúde) e três autopátios de emergência. Cento e vinte e dois médicos foram envolvidos no atendimento aos 13 feridos nos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, Adão Pereira Nunes, em Caxias, Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Central da PM, no Estácio, e no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Centro. Escola não será fechada O prefeito Eduardo Paes também agradeceu a atuação das forças policiais e disse que a Secretaria Municipal de Educação já fez contato com as famílias das vítimas e dos sobreviventes. Paes afirmou ainda que a escola não será fechada. - As aulas serão suspensas, mas o colégio não será fechado. A unidade tem a história de formação de muitos cariocas. Eles contam com a nossa solidariedade. Vamos deixar a escola funcionando e construindo novos sonhos - disse. Dilma decreta luto de três dias O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes receberam um telefonema da presidenta da República, Dilma Rousseff, logo depois dos assassinatos. Segundo o governador, Dilma estava chocada com a tragédia e queria se solidarizar com a população da cidade. O ataque fez a presidenta encerrar uma solenidade em Brasília para pedir um minuto de silêncio
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