Vinícius Berto
Foto: Miryan Costta
Que parte da população quer a cassação do prefeito Beto Azevedo não se pode negar. Agora o que se debateu hoje na Rádio São Francisco FM foi algo preocupante, e que merece a atenção da opinião pública. Está em curso uma campanha em São Francisco de Itabapoana com faixas que cobram dos vereadores a cassação do prefeito Beto Azevedo com os dizeres “senhores vereadores, o povo quer cassação já”. Até aí tudo bem. Para quem lê uma faixa dessas, bate um sentimento de patriotismo, de alguém que está lutando por um ideal, faz lembrar inclusive os caras pintadas, que foram para as ruas pedindo o impeachment do presidente Collor em 1992. É, mas a “geração cara pintada” participou da luta do passado por um ideal, sem remuneração.
Segundo o produtor rural Luiz Freitas, que falou ao Jornal São Francisco é Notícia desta quarta-feira (18), uma das donas de casa que participam do movimento, segurando a faixa, disse que está ali pelo dinheiro que recebe, não tem nada contra nem a favor ao prefeito, e apenas trabalha segurando a faixa.
O pagamento feito às mulheres foi confirmado por Christiane Azevedo, moradora em Santa Clara. Ela procurou a Rádio para denunciar uma agressão a uma mulher que segura a faixa. Em sua participação, Christiane disse que paga R$ 30 a cada mulher para ficar 4 horas segurando a faixa. Perguntada sobre quem financia essa campanha, Christiane disse que não estava autorizada a falar. “Pagamos sim R$ 30 a algumas, mas têm outras que trabalham de maneira voluntária”, disse.
Sobre a agressão, Christiane disse que na tarde desta terça-feira (17) dois homens desceram de uma moto na Praça de São Francisco, rasgaram a faixa e chegaram a agredir a mulher. Os dois estavam de capacete e não foram reconhecidos. Trata-se de uma covardia, e o blog recrimina a atitude. As mulheres envolvidas optaram em não registrar boletim de ocorrência na Delegacia.
Sobre a cassação, como juízes, os nobres edis irão analisar os fatos e decidirem o futuro do prefeito Beto, que até está quinta-feira entrega sua defesa à Comissão Processante. Aliás, os vereadores de SFI deveriam assistir à entrevista concedida pelo novo presidente do STF, Ministro Carlos Ayres Brito, ao Jornal Nacional desta terça (17). Ele falou sobre o julgamento do mensalão, que será marcado ainda para o primeiro semestre deste ano. Mas a fala de Ayres Brito vale para qualquer decisão importante que tenha de ser tomada. Confira trechos da entrevista:
“Eu gosto de perceber o que está conforme o modo de sentir a vida da população como um todo. E procuro auscultar os anseios coletivos para ver se eles comportam uma formatação jurisdicional fundamentada, tecnicamente fundamentada. Se isso for possível, é a conciliação do direito com a vida”.
“Não há predisposição para absolver ou condenar. Vamos objetivamente analisar a prova dos autos e agir como sempre agimos. Com imparcialidade, com, metaforicamente, sem faca nos dentes e sem ramalhete de flores nas mãos. A sociedade quer juízes equilibrados, serenos, atentos a prova dos autos”.
Enfim, o povo quer uma resposta, e essa decisão é de foro íntimo. Deve refletir os anseios do povo? Sim. Afinal o vereador foi eleito pelo povo. Todavia essa decisão não pode sair após pressões políticas, partidárias ou financeiras, seja de que lado vier.
Foto: Miryan Costta
Que parte da população quer a cassação do prefeito Beto Azevedo não se pode negar. Agora o que se debateu hoje na Rádio São Francisco FM foi algo preocupante, e que merece a atenção da opinião pública. Está em curso uma campanha em São Francisco de Itabapoana com faixas que cobram dos vereadores a cassação do prefeito Beto Azevedo com os dizeres “senhores vereadores, o povo quer cassação já”. Até aí tudo bem. Para quem lê uma faixa dessas, bate um sentimento de patriotismo, de alguém que está lutando por um ideal, faz lembrar inclusive os caras pintadas, que foram para as ruas pedindo o impeachment do presidente Collor em 1992. É, mas a “geração cara pintada” participou da luta do passado por um ideal, sem remuneração.
Segundo o produtor rural Luiz Freitas, que falou ao Jornal São Francisco é Notícia desta quarta-feira (18), uma das donas de casa que participam do movimento, segurando a faixa, disse que está ali pelo dinheiro que recebe, não tem nada contra nem a favor ao prefeito, e apenas trabalha segurando a faixa.
O pagamento feito às mulheres foi confirmado por Christiane Azevedo, moradora em Santa Clara. Ela procurou a Rádio para denunciar uma agressão a uma mulher que segura a faixa. Em sua participação, Christiane disse que paga R$ 30 a cada mulher para ficar 4 horas segurando a faixa. Perguntada sobre quem financia essa campanha, Christiane disse que não estava autorizada a falar. “Pagamos sim R$ 30 a algumas, mas têm outras que trabalham de maneira voluntária”, disse.
Sobre a agressão, Christiane disse que na tarde desta terça-feira (17) dois homens desceram de uma moto na Praça de São Francisco, rasgaram a faixa e chegaram a agredir a mulher. Os dois estavam de capacete e não foram reconhecidos. Trata-se de uma covardia, e o blog recrimina a atitude. As mulheres envolvidas optaram em não registrar boletim de ocorrência na Delegacia.
Sobre a cassação, como juízes, os nobres edis irão analisar os fatos e decidirem o futuro do prefeito Beto, que até está quinta-feira entrega sua defesa à Comissão Processante. Aliás, os vereadores de SFI deveriam assistir à entrevista concedida pelo novo presidente do STF, Ministro Carlos Ayres Brito, ao Jornal Nacional desta terça (17). Ele falou sobre o julgamento do mensalão, que será marcado ainda para o primeiro semestre deste ano. Mas a fala de Ayres Brito vale para qualquer decisão importante que tenha de ser tomada. Confira trechos da entrevista:
“Eu gosto de perceber o que está conforme o modo de sentir a vida da população como um todo. E procuro auscultar os anseios coletivos para ver se eles comportam uma formatação jurisdicional fundamentada, tecnicamente fundamentada. Se isso for possível, é a conciliação do direito com a vida”.
“Não há predisposição para absolver ou condenar. Vamos objetivamente analisar a prova dos autos e agir como sempre agimos. Com imparcialidade, com, metaforicamente, sem faca nos dentes e sem ramalhete de flores nas mãos. A sociedade quer juízes equilibrados, serenos, atentos a prova dos autos”.
Enfim, o povo quer uma resposta, e essa decisão é de foro íntimo. Deve refletir os anseios do povo? Sim. Afinal o vereador foi eleito pelo povo. Todavia essa decisão não pode sair após pressões políticas, partidárias ou financeiras, seja de que lado vier.
3 comentários:
Liberdade de expressão está prevista na C. F. como sabemos porém que seja feita de maneira "limpa" e não tendenciosa. São Francisco hoje sangra devido uma má gestão. Que Deus ponha a sua mão poderosa e nos abençõe com um gestor compromissado com a sociedade.
Caro paulo noel,não é parte da população que quer o prefeito fora não, é a maioria mesmo,sugiro a vc faz uma pesquisa e vê como estar a popularidade do prefeito.Foi o pior governo que d todos que já tivemos.E se foi a população que colocou ele lá,tambem somos nóis que vamos tira-lo.Vivemos em uma democracia,e se tem mulheres segurando faixas,recebendo ou não o problema é delas.Cada um sabe o que faz,o prefeito não roubou milhões,porq elas não podem receberem 30.00 reais para segurar uma faixa.Um grande abraço!
Infelizmente esse é o retrato de uma geração que não sabe o que é política de verdade.
Quando se segura uma faixa somente pelo dinheiro, mostra-se uma sociedade sem ideais, que quem paga mais tem a razão. É certo que liberdade de expressão é um direito constitucional. Mas, expressar o q?
É importantíssimo que se reavalie a consciência política sanfranciscana, para que a resposta das urnas seja feita, não por vingança, mas de forma responsável, sabendo que aquilo que for definido, norteará a vida do município por mais 4 anos. Em minha humilde opinião, cassação a essa altura não solucionaria o problema.
Todos sabem o que houve, e não adianta dizer que não porque o estrago já está aí... fica a lição para quem confiou demais, para quem acha que as coisas no interior do Estado são mais difíceis de se descobrir ou acha que um título passageiro dá o direito a alguém a pisar no seu semelhante e por aí vai. Creio piamente que quem confeccionou as placas não está com desejo de justiça e sim de se promover no momento certo. pro isso não aparece. "Movimento cara pintada"? por favor, nobres leitores, não maculemos a lembrança de uma das maiores expressões de democracia do país! aquilo sim foi legítimo!!! São Francisco está num árduo caminho de aprendizado. Essas pessoas que manipulam as outras ainda tem muito o que aprender...
ASS: Pastora Raquel Gonçalves
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