Brasília – Embora a televisão ainda seja o principal veículo
para informação de quem vai votar, os eleitores, os partidos políticos e os
candidatos descobriram a força da internet e das mídias sociais e pretendem
usá-las com intensidade nesta campanha.
Em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde o acesso é
mais fácil, a internet será usada “cada vez mais” pelos políticos, disse à
Agência Brasil o diretor de Atendimento e Planejamento do Instituto de
Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Iprespe), Maurício Garcia. Para ele,
isso será possível pelo crescimento do uso de telefones celulares de banda
larga e dos tablets, dispositivos portáteis de acesso a internet.
Garcia ressaltou, porém, que o eleitor não forma,
necessariamente, opinião a partir do acesso a páginas de partidos ou
candidatos. “Isso acontece quando as informações estão disponíveis em grandes
portais ou em ferramentas como o Twitter, quando um amigo que acompanha coloca
alguma informação que desperta a curiosidade da pessoa.”
Ele lembrou, no entanto, que, quanto menor a cidade e maior
a dificuldade de acesso ao conteúdo de internet, mais pesa na formação de
opinião do eleitor a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. De acordo
com Garcia, nessas localidades, existem outros fortes formadores de opinião,
como padres e pastores e líderes sindicais.
A busca crescente de informações na internet é constatada
também em sites oficiais. Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do
país, com 15 milhões de eleitores espalhados por 853 municípios, a busca por
informações no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado mais que
dobrou da última eleição municipal, em 2008, para cá.
O analista de cadastro Danilo Araujo afirma que confia mais
no que lê na internet do que vê na televisão. "Me informo pela internet,
fóruns de internet, discussão com amigos. Menos pela televisão, porque na
televisão é tudo mentira.” Segundo Danilo, é mais fácil manipular informações
pela televisão e pelo jornal impresso.
“Na internet, tem um leque muito maior, e a informação chega
muito mais fácil. Se algum político faz alguma coisa errada, na mesma hora já
tem cinco ou seis opções na internet para analisar e tirar uma conclusão",
disse ele. (Fonte: Agência Brasil)
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