terça-feira, 5 de março de 2013

Congresso adia para esta quarta votação dos vetos à Lei dos Royalties


O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para esta quarta-feira (6), às 19h, a votação dos vetos presidenciais ao projeto de lei que altera o sistema de partilha dos royalties do petróleo. O motivo, segundo o parlamentar alagoano, foi a reedição, nesta tarde, de vetos da presidente Dilma Rousseff à proposta aprovada pelo Legislativo.

Renan revelou que, diante do reconhecimento do Palácio do Planalto de que ocorreu um erro na publicação dos vetos no Diário Oficial da União, ele optou por adiar a apreciação dos dispositivos vetados, evitando, desta forma, que os estados produtores utilizassem essa falha para questionar a votação no Judiciário.

"O regimento não vedava que fizéssemos a votação hoje. Poderíamos fazer a votação, mas para retirar mais esse pretexto, era importante fazer a leitura e procedermos a votação apenas amanhã", explicou Renan.

Nesta tarde, o governo federal publicou uma edição extraordinário do Diário Oficial no qual reconheceu que houve um "erro material" no texto dos vetos que tinham sido enviados ao Congresso em 30 de novembro de 2012. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil, a alínea 2 do artigo 4º não havia sido publicada, bem como o último parágrafo das razões do veto ao artigo 4º:

Diante do equívoco técnico, Renan resolveu limitar a sessão desta terça para a leitura das alterações trazidas pela mensagem presidencial. A sessão conjunta do Senado e da Câmara durou menos de três minutos.

Antes de encerrar a sessão do Congresso, Renan convocou novo encontro do parlamento para as 19h25 desta quarta, para que seja respeitado o prazo mínimo de 24 horas entre a leitura das alterações no projeto e a votação dos vetos presidenciais.

Na avaliação do presidente do Congresso, a simples leitura dos dispositivos é suficiente para viabilizar a votação nesta quarta. Parlamentares de estados produtores de petróleo, contudo, alegam que seria preciso o Legislativo instalar uma comissão para avaliar, dentro de 30 dias, o veto que teve alterações publicadas.

Para Renan, entretanto, a liturgia legislativa só precisaria ser respeitado caso se tratasse de um novo veto. Conforme o senador do PMDB, trata-se apenas de um adendo ao texto original.

Deputados e senadores fluminenses advertiram que irão exigir a criação de uma comissão para avaliar o veto ao artigo 4ª da Lei dos Royalties.

"Acho que crescem nossos argumentos regimentais. Quando se lê os vetos, você tem todo um prazo, a montagem da comissão. Então, a gente acha que todo o processo tem que ser reiniciado, tem que voltar ao zero", defendeu o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Fonte: G1

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