Manifestantes interrompem ponte Ururai.
Brasília - Deputados e senadores do Rio de Janeiro e do
Espirito Santo ingressaram no início da noite de ontem (7) no Supremo Tribunal
Federal (STF) com um mandado de segurança pedindo a anulação da sessão do
Congresso Nacional, na qual foram derrubados os 142 vetos da presidenta Dilma
Rousseff ao projeto de lei da nova distribuição do royalties do petróleo.
Fluminenses e capixabas alegam que durante a sessão iniciada
no dia (6) e que se arrastou até a madrugada de hoje foram desrespeitados vários
dispositivos do Regimento Interno do Congresso e da Constituição. Eles
questionam também a forma como o presidente do Congresso, senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), conduziu os trabalhos.
“Não dá para aceitar o que aconteceu”, disse o senador
Lindbergh Farias (PT-RJ). “não foi uma sessão democrática. O mandado de
segurança tem uns argumentos muito fortes”, acrescentou o petista.
Segundo o coordenador da bancada fluminense, deputado Hugo
Leal (PSC), os representes dos estados produtores tiveram seus diretos
cerceados na sessão de ontem e já definiram a estratégia para buscar o
cancelamento. “Houve um atropelo, não só às normas regimentais, mas à
Constituição”, declarou.
 |
Ambulância tenta passar fora da pista interditada pelos manifestantes. |
O deputado Alessandro Molon ressaltou que os estados
produtores irão atuar em duas frentes: uma atacando o processo de votação dos
vetos; e a outra questionando o mérito da proposta. “Nós vamos tentar cancelar
a votação dos vetos e os governadores, caso os dispositivos sejam promulgados,
vão apresentar ações diretas de inconstitucionalidade questionando o mérito”.
Durante a sessão de ontem, boa parte dos 62 parlamentares
das duas bancadas deixou o plenário em protesto. Eles argumentaram que a
presença na reunião poderia legitimar o que estava sendo votado. (Ag BR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário