A sessão está marcada para começar às 19h, mas antes do
início da votação os parlamentares poderão discutir os vetos. A expectativa é
que debate e votação se estendam pela madrugada. Com base no regimento comum
das duas Casas, ficou estabelecido que cada parlamentar terá direito a 20
minutos para defender seu ponto de vista durante a discussão, no entanto,
depois que seis deputados e quatro senadores tiverem falado, os líderes
partidários podem entrar em acordo e solicitar o encerramento da discussão.
O quórum mínimo para abertura da sessão é 14 senadores e 86
deputados, mas para um veto ser derrubado é necessário maioria absoluta no
Senado e na Câmara separadamente. Depois do encerramento da sessão, as cédulas
seguirão para o Serviço de Processamento de Dados do Senado (Prodasen), que
fará a apuração eletronicamente. Primeiro serão apuradas as cédulas dos
senadores e em seguida as dos deputados, porque o projeto foi iniciado no
Senado.
Se a votação sobre os vetos do projeto dos royalties for
concluída antes da 0h de quarta-feira (6), o presidente do Congresso, senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), pode colocar em votação outras matérias conjuntas
das duas Casas, como o Orçamento Geral da União (OGU). O mais provável, no
entanto, é que uma nova sessão conjunta seja convocada posteriormente para a
apreciação do OGU.
A votação dos vetos presidenciais será feita após um longo
entrave sobre o assunto. A apreciação deveria ter ocorrido em dezembro, quando
os parlamentares queriam derrubar o veto da presidenta ao projeto dos
royalties. As bancadas dos estados produtores de petróleo conseguiram impedir
que a votação ao conseguir uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), Luiz Fux, segundo a qual todos os mais de 3 mil vetos presidenciais
pendentes deveriam ser analisados em ordem cronológica.
Na última semana, o assunto foi julgado pelo colegiado do STF, que decidiu derrubar a liminar de Fux. A maioria dos ministros entendeu que o veto dos royalties pode ser votado em urgência e furar a fila, se assim decidirem os parlamentares. As bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo ainda pretendem acionar o Supremo novamente, caso os vetos sejam realmente derrubados amanhã. (Ag BR )
Nenhum comentário:
Postar um comentário