Foto:Sindipetro NF |
Segundo o site do Sindipetro
NF, um levantamento parcial concluído às 14h desta terça-feira, 03/11, mostra
que a greve nacional dos petroleiros atinge, na Bacia de Campos, 45 unidades
marítimas, entre plataformas, sondas de perfuração e UMS (Unidade de Manutenção
e Serviço). As mais recentes adesões foram da P-17 e da UMS Cidade de Quissamã.
Das 45 unidades, 29 estão com
as atividades completamente paralisadas (26 plataformas e 03 UMS), outras sete
estão com produção restrita e nove tiveram a operação assumida por equipes de
contingência da Petrobrás.
A greve também conta na região
com a adesão dos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, da Transpetro, em
Macaé. Os trabalhadores estão fazendo o enfrentamento com a gerência para
exercer o direito de realizar a greve com ocupação dos postos de trabalho. A
empresa está retaliando com bloqueio nas entradas e saídas da base.
Nas bases administrativas de
terra da Petrobrás em Macaé, os diretores sindicais estão realizando trabalhos
de convencimento para que a categoria também faça a adesão à greve.
Motivo da greve
Segundo ainda o Sindipetro a greve
deflagrada no dia 1ª de novembro em todas as unidades operacionais da Petrobras
é em repúdio às medidas privatistas do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás
para o período de 2015/2019. "A greve é por tempo
indeterminado, até que a Petrobrás resolva compreender e, debater seriamente, a
Pauta pelo Brasil", diz o movimento grevista.
Os trabalhadores do Sistema
Petrobrás não admitem a retirada de nenhum direito adquirido nos últimos anos
e, reivindicam que a empresa implemente novas práticas de SMS que prezem
efetivamente pela vida dos trabalhadores, já que só no ano de 2015, dezenove
empregados morreram em consequência de acidentes fatais na companhia.
Além disso, a greve dos
petroleiros é motivada pela luta contra o desmonte da estatal, que em seu plano
de negócios, também prevê a venda de diversos ativos da empresa. Além disso, se
os cortes na Petrobrás continuarem, a estimativa é de que 20 milhões de
empregos deixem de ser gerados até 2019. Só na indústria naval, 15 mil
metalúrgicos foram desempregados no primeiro semestre do ano. No setor
petroquímico, 30 mil postos de trabalho estão ameaçados. Outros milhares de
trabalhadores terceirizados também já foram demitidos ou estão na mira de
corte, portanto, a greve dos petroleiros acontece por uma causa de todos os
trabalhadores brasileiros: A luta contra a privatização da empresa que é a
principal indutora do desenvolvimento deste país.
Os petroleiros permanecerão em
greve por tempo indeterminado em todas as refinarias, terminais, plataformas,
campos terrestres e demais unidades operacionais das bases da FUP.
Fonte: Sindipetro NF.
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