Mulher espancada pelo marido teve morte encefálica no
último dia 22-12. Sepultamento aconteceu no dia 24, véspera de Natal.
O corpo de Erlande Silva, 30 anos (foto), que morreu após ter
sido covardemente espancada, foi sepultado no dia 24-12, véspera de Natal, no
Cemitério do Centro de São Francisco de Itabapoana. O marido de Erlande, E.F.A.,
33 anos, que confessou o crime à Polícia Militar, está preso.
Num gesto de solidariedade, diante da morte cerebral
confirmada pelo Hospital Ferreira Machado (HFM) na terça-feira, 22-12, a
família manifestou o desejo de doar os órgãos.
No dia seguinte, uma equipe especializada da Central de
Transplantes fez a retirada dos rins e córneas. A partir daí o corpo de Erlande
foi encaminhado para o IML, e posteriormente liberado para sepultamento.
Não foi divulgado quem recebeu os rins de Erlande, mas
esse gesto da família, em autorizar a doação, irá salvar vidas. As suas córneas
trarão a visão para quem não pode enxergar. Diante de tanta dor pelo fim da
vida; proporcionar uma nova vida para uma pessoa que aguardava nas longas filas
dos transplantes traz força para parentes e amigos superar a perda do ente
querido. E assim ficará a certeza de que o gesto da família foi o mais
acertado.
Que todos pensem assim. Diante da morte cerebral não há
mais nada a fazer. Manter artificialmente viva uma pessoa é prolongar o
sofrimento da família.
Na opinião do Pastor Jamil Acruche, após exames
detalhados e minuciosos, que atestam o fim da atividade cerebral, doar os
órgãos e desligar os aparelhos não atentam contra às Leis de Deus.
“Ao contrário, Deus ficará muito feliz com essa atitude
da família. Sou veementemente contra a eutanásia, mas nesses casos, quando constatada
a morte cerebral, esse gesto de amor salvará vidas e alegrará muito a Deus”,
disse o Pastor Jamil.
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