Blog visita em Bom Jesus do Norte Lar André Luiz

Instituição abriga 59 crianças.

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Rose no quarto onde arruma, em estantes, as roupas das crianças. Em outra foto o presidente do R.C. Bom Jesus do Itabapoana, Carlos Augusto Galo e o diretor da entidade, João Carlos.

Jovens em ação na Fábrica de Vassouras do Orfanato Lar André Luiz.

Interior da Fábrica de Vassouras e uma visão do pátio do Lar André Luiz

Escritório e entrada da Fábrica de Vassouras Sebastião Ventura.

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Em visita a Bom Jesus do Norte (ES) o Blog foi conhecer o Orfanato Lar André Luiz, localizado na Rodovia Bom Jesus do Norte/São José do Calçado, Km 01. Logo que chegamos fomos recepcionados pela Rose, nomeada pelo diretor João Carlos de Souza, 54, para atuar como uma espécie de gerente a “faz tudo” dentro da instituição. Cuida com sua equipe, de 59 crianças coordenando da alimentação ao banho. “As crianças acordam bem cedo para estudar. Após o café já começamos a organizar o almoço”, diz. Segundo Rose a maioria das crianças que hoje frequenta o Lar André Luiz é oriunda de pais separados ou que chegam ao limite de risco por abandono dos pais presentes. “Muitos pais não tem condições de educá-las. São crianças em risco permanente vivendo em ambiente social onde impera o analfabetismo e a falta de trabalho de seus gestores”, diz. Segundo Rose a questão social e o analfabetismo é gritante na Região. “Meninas que não sabem ler nem escrever o próprio nome e sem opção, até se prostituem”, diz. “Grávidas na adolescência, essas mães acabam sem condições de criarem seus filhos. Já ouvi muitos vezes pessoas comentarem: coitada das crianças, elas moram num orfanato”,diz. Rose retruca: “e daí, o que tem de mais morar numa instituição como a nossa. O pior seria se elas estivessem pelas ruas abandonadas, ou se estivessem morado em lares que representassem risco para estas crianças”, completa.

Um diretor que não leva desaforo de políticos para casa
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João Carlos de Souza, 54, da religião espírita, trabalha como voluntário do Lar André Luiz na qualidade de diretor. Seguro no que fala e, demonstrando experiência revela um perfil sério que não aceita ser enrolado pelos políticos. “Quando recebo uma ligação de um prefeito de alguma cidade da Região vou logo afirmando que gosto de ajudar, mas que ao receber a criança, o governo municipal tem que assumir uma verba mensal para cobrir as despesas”, diz. Quando o que foi tratado não é cumprido, João Carlos jogo duro com os políticos. Segundo João Carlos, uma solução foi adotar, como acordo com os prefeitos a assinatura de um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta da instituição com a prefeitura. Além da receita desses TACs, o Lar André Luiz ainda consegue uma pequena receita de uma fábrica de vassouras no pequeno galpão no interior do Lar. “São os próprios meninos acima de 18 anos que trabalham confeccionando as vassouras que são vendidas em cidades da região”, diz.

Troca de experiência
Lúcia Maria Brito de Campos, diretora do Instituto da Criança Pinokio em São Francisco de Itabapoana, acompanhava o Blog do Paulo Noel e gostou do que viu. “É um local limpo, crianças bem tratadas que residem numa instituição que enfrenta as dificuldades que toda Ong deste porte enfrenta”, diz.

Instituto da Criança Pinokio

O site do Instituto da Criança que a Lúcia dirige, informa que o Pinokio funciona em regime de Abrigo, dentro de um clima residencial e familiar, com atendimento personalizado, atendendo cerca de 100 crianças e adolescentes, podendo este atendimento ser ampliado, dependendo dos meios financeiros disponíveis.