sábado, 20 de agosto de 2011

Sindipetro NF propõe paralisação por 24 horas a partir da 0h de segunda

PARAR PELA VIDA!

O Sindipetro-NF indica para toda a categoria petroleira na região, trabalhadores de todas as empresas do setor petróleo, a realização de uma greve com parada de produção durante 24 horas, a partir da 0h desta segunda, 22 de agosto. O objetivo é protestar contra a insegurança no setor petróleo, exposta em mais uma trágica queda de aeronave na Bacia de Campos, com vítimas fatais. O sindicato chama os petroleiros a realizarem assembleias simultâneas nas plataformas às 19h deste domingo, 21, com retorno imediato de atas por e-mail (diretoria@sindipetronf.org.br) ou por fax (22-27659550).

Em pronunciamento na noite deste sábado na Rádio NF, o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, afirmou que só a categoria pode mudar a realidade de insegurança no setor petróleo, com a realização de uma greve com parada de produção a cada ocorrência grave como esta da úlltima sexta-feira.

Em várias frentes, o Sindipetro-NF tem atuado de forma pioneira para priorizar o combate à insegurança no trabalho. Ao longo dos últimos anos, dezenas de iniciativas como mobilizações, denúncias ao ministério do Trabalho e demais órgãos fiscalizadores, interdições de plataformas, audiências com ministros e parlamentares, atos públicos, têm caracterizado a ação sindical dos petroleiros da região, influenciando uma mudança de postura da categoria em todo o País.

Na área de segurança aérea, depois do acidente com morte em fevereiro de 2008, o sindicato tomou uma série de medidas, após o lançamento da campanha “Pelo direito de voar com segurança”, que chegaram a provocar algumas melhorias no setor, mas insuficientes para garantir a segurança necessária aos trabalhadores, como confirma esta nova tragédia e as dezenas de ocorrências em aeronaves nos últimos anos (veja abaixo).

Dados do Departamento de Sáude do Sindipetro-NF mostram que foram formalizados pela Petrobrás para o sindicato três ocorrências com aeronaves em 2009, quatro em 2010 e seis em 2011, até a tragédia da última sexta.

Além das ocorrências nos voos, os petroleiros conhecem a realidade das áreas operacionais, que têm a segurança negligenciada pela Petrobrás. A empresa não cumpriu, até hoje, acordo firmado durante a Campanha Reinvidicatória de 2010, quando se comprometeu a realizar um fórum sobre o problema. Na direção oposta, atua para boicotar a atuação dos petroleiros em relação ao tema. Neste sábado, assim como fez em mobilização no ano passado, a empresa dificultou, e há denúncias de que em muitos casos até mesmo bloqueou, o acesso ao site da Rádio NF, onde eram dadas as informações sobre o caso.


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