domingo, 8 de janeiro de 2012

Defesa Civil pede a moradores de Itaperuna que deixem suas casas

Foto: Blog Felipe Peixoto.

Rio de Janeiro - Com a chuva que voltou a atingir as regiões norte e noroeste do Rio de Janeiro na noite de ontem (7) e madrugada de hoje (8), a Defesa Civil do município de Itaperuna está orientando as pessoas que moram em áreas de encostas que deixem suas casas o mais rápido possível, por conta dos riscos de novos deslizamentos.

De acordo com o secretário municipal de Defesa Civil, major Joelson Oliveira, durante a madrugada deste domingo houve deslizamento de terra no bairro de São Mateus e, de manhã, nova ocorrência foi registrada no bairro Aeroporto. Em nenhum dos casos houve vítimas.

“A previsão era que caíssem 30 milímetros de chuva, mas foi mais que isso. Choveu na madrugada mais de 120 milímetros. Nossos córregos transbordaram e o Rio Muriaé, que ainda não tinha voltado à sua calha mas estava baixando, voltou a subir. Além disso, nossas áreas de morro e encosta estão bastante instáveis, então estamos solicitando que as pessoas que moram nesses locais saiam de suas casas hoje e procurem casas de parentes ou abrigos”, alertou.

Segundo o major Oliveira, há na cidade 106 desabrigados e 3 mil desalojados. Ao todo, foram montados sete abrigos. “Como a cidade de Itaperuna sofre há décadas com o problema das enchentes, as pessoas estão acostumadas a procurar ajuda na casa de parentes e amigos, então ainda há espaço nos abrigos para quem precisar”, avisou. Ele informou que o nível do Rio Muriaé neste domingo atinge 6,5 metros, mas do que os 5,10 metros que são o patamar de transbordo.

Coordenando uma equipe de 15 voluntários da Cruz Vermelha que atuam na cidade, Maria das Graças Santos, contou que há locais em que o acesso é difícil por causa dos alagamentos. “Para levar ajuda, como alimentos e outros insumos, ao bairro de Retiro de Muriaé, onde há famílias ilhadas, foi preciso o auxílio de homens do Corpo de Bombeiros. Tivemos que dar a volta pelo município de Laje do Muriaé para chegar até lá”, acrescentou.

Segundo ela, os voluntários visitam abrigos e prestam assistência a pessoas que não podem sair de casa, levando comida, água, colchões e bombas de purificação, entre outros itens.


Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil.

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