Esposa de sanfranciscano desaparecido desabafa em entrevista ao Blog
Completa nesta terça-feira, 24-02, 14 dias que uma família de São Francisco de Itabapoana, da comunidade rural
de São Domingos, vive momentos de angústia pela falta de notícias do jovem
Tiarles Santos, 25, que continua, juntamente com mais dois trabalhadores,
desaparecidos desde o dia da explosão no navio-plataforma Cidade de São Mateus, alugado à Petrobras pela empresa BW Offshore.
Nesta terça-feira, 24, em
entrevista por telefone, direto de um hotel em Vitória - ES, colocado à
disposição dos familiares dos trabalhadores desaparecidos pela BW Offshore, Mayara
Lourenço da Silva, 19, esposa de Tiarles Santos, fez duras críticas à empresa
BW Offshore. “Estou pedindo socorro à imprensa para que nos ajude a pressionar
esta empresa a nos dar notícias do meu marido. Afinal faz 14 dias e, até
hoje, não temos nenhuma informação”, diz.
Segundo Mayara a única explicação
dada nesta segunda-feira foi de que o equipamento que faz o bombeamento de águas do
compartimento inundado do navio deu defeito.
“Será que a empresa BW Offshore não
tem uma bomba de reserva para retirada da água?”, indaga.
O que a empresa alega é que os socorristas
precisam ter a água bombeada para que tenham acesso a locais onde podem estar
os desaparecidos.
"Tenho esperança de encontrar meu marido ainda vivo. É possível que esteja desnutrido, isolado em algum compartimento, a espera de ajuda. Peço a todos da imprensa e as autoridades que nos ajudem. Estou pedindo socorro. Está demorando muito e meu marido neste momento pode estar precisando muito que alguém chegue lá", disse Mayara.
"Tenho esperança de encontrar meu marido ainda vivo. É possível que esteja desnutrido, isolado em algum compartimento, a espera de ajuda. Peço a todos da imprensa e as autoridades que nos ajudem. Estou pedindo socorro. Está demorando muito e meu marido neste momento pode estar precisando muito que alguém chegue lá", disse Mayara.
Já foram retirados os corpos de
seis funcionários mortos no navio-plataforma, e, segundo a empresa, três continuam
desaparecidos.
Mais 65 funcionários que estavam a
bordo durante o acidente foram retirados da plataforma. Vinte e seis deles
ficaram feridos, dos quais pelo menos sete, segundo a BW Offshore, estão
internados em um hospital da região metropolitana de Vitória (ES).
A explosão ocorreu por volta das
12h50 da última quarta-feira (11), na sala de bombas da plataforma, que produz
petróleo nos campos de Camurupim e Camurupim Norte, localizados na Bacia do
Espírito Santo, a aproximadamente 120 quilômetros do litoral. A BW Offshore
opera a plataforma, a serviço da Petrobras.
O Sindicato dos Petroleiros
(Sindipetro-ES) também confirmou a localização do corpo do sexto trabalhador e
informou que ele estava na sala de máquinas intacto e com máscara balaclava,
equipamento de proteção individual para proteger do calor, o que pode indicar
que era integrante da brigada.
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