A cidade de Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo, foi citada como exemplo de sucesso na execução do projeto de contenção do avanço do mar.
A contenção do avanço do mar em
Atafona, litoral de São João da Barra, é possível, de acordo com o Instituto
Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH).
Os caminhos para a solução do
problema, que há décadas vem deixando um rastro de destruição na praia, foram
apresentados em audiência pública na última segunda-feira, 01, e passam pela
construção de nove espigões com 240 m, numa distância de 400 m, e aterro de 100
m de largura, utilizando volume de areia de 2.650.000 metros cúbicos e volume
de pedra de 262.650 metros cúbicos.
Viabilizado em 2014 por intermédio
do então deputado estadual Roberto Henriques, presente na audiência, o estudo
que culminou com elaboração de um anteprojeto - entregue ao prefeito José Amaro
Martins de Souza, Neco, pelo diretor do INPH, Domenico Anccetta - está
respaldado em outra intervenções bem sucedidas na costa brasileira. Como
exemplo foi citado Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo.
O prefeito Neco encaminhará o
anteprojeto de restauração da orla ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA),
que avaliará a necessidade de fazer ou não o EIA-RIMA (Estudo de Impacto
Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) para liberação da licença prévia
que permitirá licitar a obra.
“O momento é de nos unirmos para colocar em
prática o projeto desenvolvido através de fundamentações técnicas pelo INPH
visando preservar a praia de Atafona”, declarou o prefeito, que formará uma
comissão com todos os interessados em contribuir para que essa obra saia do
papel.
O ex-deputado Roberto Henriques também
ressaltou a importância da recuperação da orla de Atafona. "Todo mundo da
região viu, com muito pesar, o processo de destruição de Atafona pelo mar.
Pensamos que não tinha mais jeito, mas a recuperação de outros lugares, como
Marataízes, fez com que eu procurasse o responsável e pedisse um projeto, que
está aqui sendo apresentado".
O custo da obra, apresentado pelo
engenheiro do INPH, Valtair Paes Leme, deverá ficar em torno de 90 a 130
milhões de reais. "Essa diferença está relacionada à utilização da areia
do mar ou do rio", disse Valtair, explicando que caso seja utilizada a
areia do rio o projeto ficará mais barato em 40 milhões e contará com a
possibilidade de ser construída uma hidrovia ligando os municípios de São João
da Barra e São Francisco de Itabapoana.
O oceanógrafo do INPH, Rafael
Oliveira, lembrou que será preciso fazer um estudo para análise de sedimentos
do rio para testar a qualidade e a compatibilidade com o tipo de areia que já
existe hoje na praia. (Fonte e fotos: Secom SJB)
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