O monitoramento do nível de glicose é fundamental
para os
diabéticos – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
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Enfermidade que atinge mais de 415 milhões de pessoas em
todo o mundo, sendo 12 milhões só no Brasil, o diabetes é uma doença
caracterizada pelo excesso de glicose no sangue, surgindo quando há redução ou
deficiência na produção do hormônio insulina pelo pâncreas. Segundo estimativa
da Federação Internacional do Diabetes chegaremos em 2040 com 642 milhões de
diabéticos em todo o mundo, o que significa um em cada 11 adultos portadores da
doença.
Comemorado internacionalmente ontem, dia 14 de novembro,
o Dia Mundial do Diabetes envolve campanhas de divulgação e sensibilização
sobre o tema. A data foi instituída pela Federação Internacional de Diabetes
(IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1991 e conta com o apoio da
Organização das Nações Unidas (ONU), que em 2006 assinou uma Resolução
reconhecendo o diabetes como uma doença crônica e de alto custo mundial.
A nutricionista Patrícia Ruffo, mestre em Ciências pela
Universidade de São Paulo, afirma que somente 26% dos diabéticos conseguem
controlar a diabetes, que é uma doença crônica. “No entanto, uma pessoa pode
reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos
simplesmente perdendo 7% do seu peso corporal”, disse.
O último Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), pesquisa do
Ministério da Saúde feita por telefone em 26 estados e no Distrito
Federal, mostrou que mais da metade dos
brasileiros (52,4%) está acima do peso e a obesidade é um dos principais
fatores para o pré-diabetes e o diabetes tipo II.
E, embora 62% dos brasileiros tenha ao menos um fator de
risco para desenvolver o diabetes, somente 3 em cada 10 pessoas já ouviram
falar do pré-diabetes, segundo pesquisa realizada por uma empresa farmacêutica.
O pré-diabetes é um estágio anterior ao diabetes tipo 2 e ocorre quando os
níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas ainda é
possível reverter o quadro com mudanças no estilo de vida. Adotar uma
alimentação saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma
regular são fundamentais para evitar a diabetes.
O pré-diabetes, assim como a diabetes, é difícil de
diagnosticar. A doença só apresenta sintomas quando já está instalada e
avançada, como, por exemplo, sede excessiva, necessidade de urinar muitas vezes
e em grande quantidade, visão borrada ou cansaço acentuado.
Quem tem diabetes, ou está pré-diabético, precisa de uma
alimentação equilibrada, com horários estabelecidos e intervalos adequados
entre as refeições. O ideal é a ingestão de fibras, frutas e verduras, e a
diminuição de alimentos saturados como frituras e açúcares simples (sacarose)
encontrados, por exemplo, nos doces em geral.
Fonte: Agência Brasil
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