Teresópolis (RJ) - No quarto dia seguinte à enxurrada que deixou mais de 240 mortos em Teresópolis, o sepultamento dos corpos é feito às pressas, sem velório e nem sequer uma prece. A rapidez se explica pelo adiantado estado de decomposição em que se encontram os cadáveres. O Instituto Médico Legal (IML) da cidade só tem lugar em câmaras refrigeradas para seis corpos. Os demais ficam dentro de um prédio, à espera de reconhecimento. Quando isso ocorre, eles são colocados em dois caminhões frigoríficos e depois em caixões.
Na avenida principal da cidade, a todo momento carros de funerárias passam apressados, abrindo caminho à força no trânsito lento. Quando chegam no cemitério, os funcionários retiram os caixões rapidamente e os colocam em uma das 303 covas abertas pela prefeitura.
“Nem tive tempo de sepultar o meu irmão. Eles jogaram o caixão de qualquer jeito e cobriram de terra”, reclamou o pedreiro Cláudio Oliveira de Almeida, que perdeu 16 parentes no bairro de Campo Grande, um dos mais atingidos pela avalanche na madrugada de quarta-feira (12).
O último boletim da prefeitura, na manhã de hoje (15), apontava 240 mortes e 147 sepultamentos, números que mudam a cada hora. Enquanto corpos são reconhecidos e levados para sepultamento, outros são resgatados e dão entrada no IML improvisado. Por causa do ritmo frenético, os sepultamentos ocorrem em intervalos de cinco a dez minutos, provocando filas de rabecões e de caixões à espera do enterro.
A doméstica Rosimar Gomes Vieira chorou a perda de uma sobrinha e de mais 13 pessoas de sua família. Elas moravam no bairro da Posse, um dos mais destruídos. “Ouvimos um estrondo e saímos de casa. Muita gente correu para a praça, quando veio a avalanche e matou a todos”, contou Rosimar, que ficou a pouco metros do local onde ocorreu o rápido sepultamento da sobrinha.
Os corpos que ficarem sem reconhecimento terão impressões digitais e material extraídos para exames posteriores de comparação com DNA de parentes. (Vladimir Platonow - Agencia Brasil - Enviado Especial)
Na avenida principal da cidade, a todo momento carros de funerárias passam apressados, abrindo caminho à força no trânsito lento. Quando chegam no cemitério, os funcionários retiram os caixões rapidamente e os colocam em uma das 303 covas abertas pela prefeitura.
“Nem tive tempo de sepultar o meu irmão. Eles jogaram o caixão de qualquer jeito e cobriram de terra”, reclamou o pedreiro Cláudio Oliveira de Almeida, que perdeu 16 parentes no bairro de Campo Grande, um dos mais atingidos pela avalanche na madrugada de quarta-feira (12).
O último boletim da prefeitura, na manhã de hoje (15), apontava 240 mortes e 147 sepultamentos, números que mudam a cada hora. Enquanto corpos são reconhecidos e levados para sepultamento, outros são resgatados e dão entrada no IML improvisado. Por causa do ritmo frenético, os sepultamentos ocorrem em intervalos de cinco a dez minutos, provocando filas de rabecões e de caixões à espera do enterro.
A doméstica Rosimar Gomes Vieira chorou a perda de uma sobrinha e de mais 13 pessoas de sua família. Elas moravam no bairro da Posse, um dos mais destruídos. “Ouvimos um estrondo e saímos de casa. Muita gente correu para a praça, quando veio a avalanche e matou a todos”, contou Rosimar, que ficou a pouco metros do local onde ocorreu o rápido sepultamento da sobrinha.
Os corpos que ficarem sem reconhecimento terão impressões digitais e material extraídos para exames posteriores de comparação com DNA de parentes. (Vladimir Platonow - Agencia Brasil - Enviado Especial)
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