Assentada na Vila da Terra, Mirley Manhães Rangel Rocha, aniversariante do dia, chamou a atenção pela emoção de quem já está morando na nova casa. Ela foi uma das moradoras que recebeu a chave simbólica das mãos do ator Luigi Baricelli, protagonista da campanha sobre o Complexo Industrial do Superporto do Açu, junto com a sanjoanense Vitória Albinante Gaiato, de apenas 7 anos.
Quando Maria Eduarda, a segunda filha de Mirley nascer, já vai morar em uma casa nova, móveis e eletrodomésticos que os pais e a irmã Amanda, 5 anos, não tinham na antiga residência:
- Foi difícil segurar a emoção, mas consegui. Estou muito feliz, mas parece um sonho. Não quero acordar dele.
- ela está futucando tudo, fala, com olhos de quem sonha com um futuro promissor para as filhas.
No evento a coordenadora da CODIN, Marisa Souza, destacou que a iniciativa beneficia famílias que residem na área que está sendo desapropriada pelo governo do Estado para a criação do Distrito Industrial de São João da Barra. “O assentamento representa a preocupação com boas práticas sociais e com o respeito às famílias. Além disso, o auxílio produção, que já está sendo pago, é mais um exemplo da seriedade do Estado na implantação do Distrito industrial”.
Já Carla Machado, prefeita de São João da Barra, enfatizou a importância do desenvolvimento para a região. "Eu tenho presenciado os esforços da empresa e o empenho em realizar, junto com a Prefeitura, o melhor para o povo de São João da Barra, em trazermos o desenvolvimento, mas de forma equilibrada e com sustentabilidade. Passamos por momentos de dificuldade, tivemos críticas construtivas, críticas destrutivas, mas o que não podemos ter é a consciência pesada, de não termos feito aquilo que era preciso para o futuro de São João de Barra. E eu tenho a consciência muito tranquila com relação ao dever cumprido. Quando estivermos errados, vamos corrigir, porque somos seres humanos, e podemos errar. Nesse início ocorreram erros, principalmente por uma comunicação que não foi bem estabelecida, mas estamos corrigindo os erros. Temos que fazer o melhor pelo coletivo".
Para o diretor de sustentabilidade do Grupo EBX, Paulo Monteiro, além das casas, os moradores da Vila da Terra terão a oportunidade de melhorar a produção. “As casas da Vila da Terra estão sendo entregues já com toda mobília necessária para que as famílias possam usufruir da melhor forma possível e com área para o plantio. O produtor rural terá apoio técnico que o auxiliará a melhorar a produção e aumentar o lucro com a venda de alimentos. Além disso, a LLX já investiu cerca de R$ 70 milhões em ações socioambientais, destinados inclusive à pesca e à agricultura”, afirmou.
Construída na Fazenda Palacete, local indicado pelos próprios produtores rurais, a Vila da Terra conta com cerca de mil hectares. Do total de casas previstas, 36 já estão concluídas. Todas as casas são entregues com máquina de lavar, televisor, geladeira, fogão, computador, além dos móveis de sala, quartos e armários de cozinha.
O evento de inauguração também contou com a participação da comunidade. No local também foi realizado um culto ecumênico, além de palestras sobre melhoria de plantio e oficinas de reciclagem, artesanato e aproveitamento integral de alimentos.
Reassentamento
A Vila da Terra foi desenvolvida de acordo com os padrões do Banco Mundial, referência internacional em reassentamento. Ela foi planejada com toda infraestrutura necessária ao pleno funcionamento, como ruas pavimentadas, quadra poliesportiva, centro comunitário, iluminação pública, rede de água e esgoto e centro comercial.
Com área mínima de 2 hectares e máxima de 10 hectares por terreno, as casas da Vila da Terra apresentam 3 tipologias diferentes, com dois, três ou quatro quartos, e áreas de construção que variam entre 68 e 109 metros quadrados. No caso dos produtores rurais que possuem residência com área maior a 109 m², a casa é construída no tamanho da metragem original.
Na Vila da Terra, 90 áreas estão sendo destinadas a famílias desapropriadas para a criação do Distrito Industrial de São João da Barra, em implantação no município pela CODIN. Para definir quais famílias seriam reassentadas na Vila da Terra, foram estabelecidos alguns critérios como ser residente no local e a propriedade ser menor que 10 hectares. Os outros proprietários, com áreas maiores que 10 hectares, já estão recebendo os valores correspondentes à desapropriação.
Para a construção das casas foram utilizados produtos como alvenaria estrutural, laje, portas e janelas em madeira, cobertura em estrutura metálica, telhas cerâmicas, pisos e azulejos em cerâmica em todas as áreas. O terreno é entregue cercado com mourão e três fios.
Os moradores recebem as terras já preparadas para o cultivo, com o solo tratado e adubado, além de um pomar que está sendo preparado com 20 árvores frutíferas para consumo próprio. Até que a primeira colheita ou o primeiro pasto esteja pronto, os produtores rurais receberão um auxílio produção por até 24 meses. O benefício já está sendo pago pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro desde julho de 2011.
Nesta primeira fase, 13 famílias já estão morando na Vila da Terra. As outras famílias serão transferidas de acordo com o andamento do processo de desapropriação. (
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