O diretor da divisão de Campos, do Departamento de
Estradas de Rodagem (DER), Ivan do Amaral e um dos diretores de uma das
empresas vencedoras da licitação, Luis Edmundo, apresentaram na manhã desta
terça-feira (15/10) detalhes das obras da Ponte que vai ligar os municípios de
São João da Barra e São Francisco de Itabapoana.
A ordem de serviço da obra foi empenhada e será assinada
ainda essa semana, já as obras terão início na próxima segunda-feira (21/10). O
valor da obra ficou em pouco mais de R$ 137 milhões, conforme publicado no
Diário Oficial no dia 14 de outubro, com execução do Consórcio Ponte Paraíba do
Sul, formado pelas empresas Premag, Líder e Imbeg, para execução das obras de
construção da ponte que vai ter 1.344 metros de comprimento e 16,20 metros de
largura. Todo o recurso é do governo do estado, sem a participação dos
municípios.
Já estão sendo feitas as marcações e as máquinas devem
ser levadas para os canteiros de obras ainda esta semana. Pelo menos duas áreas
deverão ser desapropriadas, mas segundo Ivan do Amaral não haverá problema, já
que já foram realizados contatos com os proprietários das terras.
A previsão é para que toda a obra leve 12 meses, para
acelerar a construção da nova estrutura serão montados dois canteiros de obras,
um do lado de SJB e outro em SFI. Sobre a possibilidade de atrasos o grupo
informou que só em caso de cheias.
No aspecto econômico regional destacou-se que a
estimativa é de que cerca de 60 mil veículos trafeguem pela ponte por ano.
Ao ser indagado de por que não haver o aproveitamento dos
pilares construídos há cerca de 30 anos, o diretor da divisão de Campos do DER
justificou que os mesmos teriam sido planejados para um local indevido, além da
economia com a nova estrutura sendo menor do que a primeira.
“A estrutura
antiga nós nem estudamos. O problema da ponte antiga é que teria que ser feito
seguindo as orientações dos órgãos ambientais. Não poderia haver empecilho
algum entre os dois diques do Rio Paraíba, como aterro, e para isso teria que
ser feito um viaduto de dique a dique, e aproveitando os pilares daria um
viaduto em torno de sete quilômetros, o que se tornou inviável nessa posição.
Puxamos a ponte pra cima e arrumamos um lugar que será possível fazer de dique
a dique com 1.300 metros, ou seja, bem mais barato do que fazer uma de sete
quilômetros. O grande problema que inviabilizou a utilização dos pilares
antigos é que está dentro de uma curva hidráulica do rio, o que tecnicamente
não é viável, além de não poder ter aterro até os diques, o que complicou
bastante. Uma ponte de 1.300 metros custa R$ 130 milhões, imaginem uma de sete
quilômetros?”.
Duas novas rodovias, que não fazem parte do mesmo
projeto, serão viabilizadas, mas ainda não foram licitadas. Estão ligadas
diretamente ao funcionamento da ponte, já que vão servir de acesso direto.
A ponte do lado de São João da Barra sairá direto na
BR-356 com acesso as rodovias estaduais, RJ-240 e ainda a RJ-196, as duas com
ligação ao Superporto do Açu, onde, portanto, não haverá necessidade de novas
intervenções e obras.
Já pelo lado de São Francisco de Itabapoana o que se tem
é uma estrada de chão, e será feita pelo DER uma estrada de 14 metros de
largura, em cima do dique que já existe. Esta construção estará ligando a
RJ-194, a estrada da Usina São João (continuação da Beira Rio, em Campos) e a
da ponte chegará já na RJ-196, em SFI, com acesso a Gargaú e outro para chegar
ao Estado do Espírito Santo.
Ainda sobre os longos anos até a concretização da obra,
Ivan Figueiredo ressaltou: “O que houve na verdade agora foi que o Estado se
sensibilizou”.
A coletiva foi realizada na sede da Prefeitura Municipal
de São João da Barra, onde participaram ainda com a presença do prefeito Neco,
além de secretários e vereadores.
Fonte: Ururau
Fotos: Secom-SJB / Ururau / Blog do Paulo Noel
Um comentário:
Pois bem meu amigo Paulo Noel, agora sim essa ponte vai sair do papel, se Deus quiser! Eu só gostaria de ressaltar que o prefeito e os nossos vereadores, assim como o prefeito de São João da Barra, deveriam solicitar das empresas vencedoras da licitação, que dêem preferencia a mão de obra local, Tendo em vista que nosso município precisa de empresas que ajudem a empregar pessoas, pois ainda existem muitos desempregados precisando trabalhar.
Att...
Fernando de Oliveira PInto.
Morador de Gargaú.
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