O prefeito interino de São Francisco de Itabapoana Florentino Cerqueira de Azevedo (DEM) o Tininho concedeu a seguinte entrevista na manhã desta segunda-feira, 12-09, ao jornal “São Francisco é Notícia” da Rádio São Francisco FM.
Conforme prometeu, está aqui na linha, o prefeito interino Florentino Cerqueira Azevedo o Tininho, podemos chamar Tininho mesmo?
—Pode chamar de Tininho mesmo Paulo Noel. Prefiro assim.
Então bom dia Tininho, tudo bem?
— Tininho - Bom dia?
Tininho há uma expectativa dos ouvintes em relação a sua entrevista. Obviamente, que você não pode vir agora aos estúdios (da Rádio São Francisco FM) porque teve que conceder entrevistas a outros órgãos de imprensa.
— Perfeito. Quando cheguei (na prefeitura de SFI) o pessoal já estava aguardando aqui e não tive como deixar de falar com ele. Peço até desculpas por não estar aí.
Tudo bem. Mas, pelo menos está ao vivo pelo telefone. Tininho, qual será sua prioridade para São Francisco enquanto prefeito interino?
Paulo. A prioridade... Hoje é meu primeiro dia de atuação. A posse aconteceu na sexta-feira à noite, não tivemos muito tempo. Só consegui falar com o chefe de gabinete que foi o Luciano que estava aqui na prefeitura prontamente para atender. Pedi a ele que fosse dada continuidade através da Secretaria de Turismo a Exposição de Praça. Que ele conversasse com o Secretário de Saúde, o Fabiano , para que o serviço em relação à saúde não parasse e que ele também entrasse em contato com o Fauaze (Secretário de Obras). Acredito que tudo isso aconteceu no final de semana, até porque em hora nenhuma me ligaram me dizendo que não teriam feito isso ou que o município estaria com algum problema neste sentido. Hoje, a gente vai pretender estar conversando com o secretariado. Gostaria de saber deles o que eles tem programado para esta semana. Ficar a par mesmo da questão administrativa da prefeitura. Tenho também, uma coisa que gostaria de estar olhando hoje, eu não queria nem gerar expectativa, seria umas das minhas prioridades sim, a questão do concurso, eu queria estar dando uma olhada nisso.
Com relação ao concurso público o senhor vai fazer uma avaliação, vai convocar os concursados?
— Eu vou tentar dar uma olhada com os secretários da quantidade de funcionários contratados. Ver a possibilidade realmente, juridicamente se há possibilidade da a gente estar convocando alguns deles para apresentarem documentos e possivelmente fazer exames médico e tomarem posse. Dar uma continuidade nisso aí, porque eu acho que a população vem reclamando muitos nesse aspecto e acho que é uma coisa que deveria acontecer. Não tenho nada contra os contratados, acho que Lei é Lei e, a gente tem que seguir. Estas pessoas realmente tem direito a estas vagas. Estas vagas são delas. Não deixando hora nenhuma de observar, que temos a Lei de Responsabilidade Fiscal e o limite de valor com folha de pagamento. Mas sabemos que alguns contratados estão aqui, quando a gente sabe também, que alguns concursados estão lá fora esperando.
Tininho com relação ao secretariado, você pretende fazer alguma substituição?
Olha só Paulo. Eu gostaria muito de estar conversando com todo o secretariado. Não é a primeira vez que isso acontece. Da outra vez foi em 2009, em abril a gente veio para conversar. Alguns deles vieram e outros nem vieram a prefeitura. Eu gostaria neste momento, que eles fossem, como dizer, que eles pudessem ser compreensivos, entender a situação que esta acontecendo. Que chegasse para perto tentasse ajudar. Tentassem, como se fala, tranqüilizar o município, tranqüilizar seus funcionários, suas secretarias. Sendo que aqueles que não puderem cooperar infelizmente vou ter que tomar uma medida de substituição. Não estou sendo grosseiro, não tenho nada quanto a secretário nenhum.
Como está seu relacionamento com o Beto Azevedo?
— Bem, a gente até hoje não tem problemas nenhum
Você já conversou com os vereadores?
— Já conversei com alguns deles sim.
Pretende se reunir hoje com os vereadores?
— Eu pretendia falar mais com os vereadores, até porque alguns questionamentos como estou lhe colocando, algumas coisas que estão acontecendo em suas localidades. Eu queria estar chamando os secretários pedindo a eles para resolverem. Por exemplo: tem o vereador de Barra do Itabapoana, o Caboclo. Estou aqui em São Francisco e não vou saber o que está precisando lá, o que está acontecendo lá. Ele é vereador, é cobrado. As pessoas vão a casa dele. Então seria ideal que eu tivesse essa conversa com eles para que em contato com os secretários possa pedir para resolver os problemas na comunidade. Exemplo de Gargaú, exemplo de Praça e outros. Eu acho que o vereador neste momento deveria estar se aproximando...
Tininho, vamos falar um pouco sobre política. Qual o seu partido?
— Meu partido é o DEM, continuo no Democratas e pretendo continuar no DEM até mesmo por uma questão de legislação.
É candidato a candidato ao Executivo Municipal?
Paulo. É uma pergunta que eu nunca, como dizer, eu nunca coloquei meu nome a disposição até agora, e acho que agora pra frente não seria também à hora de me pronunciar em relação isso.
Na hipótese do prefeito Beto, vamos dizer, na hipótese de não retornar ao cargo, não conseguir reverter o caso no TER, o senhor na condição de prefeito com um mandato na mão, não teria mais chance de rever seu posicionamento e até colocar seu nome como candidato?
— Olha Paulo, acredito que política se faz com grupo, não se faz sozinho. Não tem como eu passar por cima de todo um grupo e tentar o que eu quero, realizar um desejo que seja meu, em função, tipo assim, de só vou pensar em mim. Você tem todo um grupo, toda uma conjuntura. E não adianta ser candidato a prefeito quando a população não pede isso. Seria uma questão a ser estudada, mas acho que hoje meu nome não estaria à disposição para ser candidato, até mesmo pela situação.
Não é o momento para falar em apoios políticos?
— Apoios, como assim que você fala?
No caso de você não colocar seu nome.
— Com certeza na política, eu vou dar apoio a algum grupo sim, isso aí é lógico. Mas a prefeito hoje, eu ainda continuo com a convicção que não é minha hora, acho que tenho muito coisa para trabalhar e mostrar para o povo de SFI até mesmo numa questão de preparação.
Você é jovem. Tem que idade Tininho?
— 34 anos.
Você está na flor da idade. Tem muita coisa para trabalhar ainda. Tem um futuro para frente. Você politicamente com esta idade, seguindo nesta política, poderá ter um futuro brilhante pela frente.
Olha Paulo Noel. Quero deixar bem claro, mais uma vez. Quero que a população saiba disso. Tininho está prefeito interino, cumprido uma ordem judicial que pode ser por três dias, pode ser por 10 dias, pode ser até por um dia, pode ser até por hoje. Estou aqui, cumprindo isso, é meu dever. Eu como vereador depois me candidatei à presidência da câmara, tinha consciência de que se um dia isso acontecesse de que a responsabilidade cairia por cima de mim. Então estou cumprindo o meu dever.
Tininho só para terminar, mas se você tiver algum fato relevante, você fique a vontade. Preocupa-lhe a ação processual do vereador Fabinho do Estaleiro, que pede ao Juiz a anulação das eleições da Mesa Diretora da Câmara Municipal?
— Este assunto eu iria falar com você. Até peço desculpas porque no primeiro dia que ele se pronunciou sobre isso, até antes da cassação de Beto não pude dar o contra ponto. Não sei qual a intenção do vereador Fabinho em relação a isso. Acho que ele como vereador, como uma pessoa também que representa o povo, deveria ter mais preocupação com o povo ao invés de criar especulações, fatos, confundindo a cabeça da população. Acho que como agente político do município deveria estar buscando a tranquilidade e o bem estar da população do município e não este tipo de coisa. Gostaria depois de entender o motivo disso. Vamos falar desse processo do Fabinho. O Fabinho já entrou com esta ação, se não me engano em maio de 2011. Entrou com essa ação pedindo ao Juiz anulação da eleição da Mesa Diretora da Câmara e a cópia da Ata da eleição de 2009 e uma, se não me engano, de 24 de agosto de 2010. E entrou em Juízo pedindo ao juiz que indeferiu. O juiz disse não para ele. Me pediu que desse uma resposta para ele e isso foi cumprido e ele entrou com outra ação pedindo cópia da Ata novamente em Juízo. Acontece que a cópia da Ata estava disponibilizada na secretaria da Casa como manda a regimento interno. Foi feita uma copia da Ata para ele e outra para Sergio Elias. Isso é um direito dele de recorrer. Agora, vamos lembrar, na Câmara quando se trata de um mandato, agente tem um prazo de 120 dias para recorrer a este ato. Este mandato de segurança de Fabinho quando ele pensou em recorrer já tinham passados, mas de 200 dias. E por liminar ele sabe que não vai conseguir. Não há na Lei remédio processual para que ele possa conseguir uma ação cautelar e anular a eleição da câmara. Eu acho que as pessoas devem colocar para a população coisas que sejam verdadeiras, que sejam mais. Ele continua com a mesma coisa e já se passaram 120 dias. Outra coisa, ele questiona que foi passado para traz. Eu não tenho nenhuma responsabilidade na cassação do mandato dele. Não é problema meu.
Tininho. Mudando de assunto. Algumas Câmara Municipais vão ampliar o numero de vereadores permitido por Lei de acordo com a “Pec dos Vereadores” aprovada pelo o Congresso Nacional que promulgou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em cerca de 7 mil o número de vagas nas câmaras de vereadores em todo o país. Em São Francisco de Itabapoana o numero de vereadores aumentaria de 9 cadeiras para 13. Mas depende da Câmara Municipal. Na sua visão particular da Lei, o senhor é favorável ao aumento de cadeiras?
osto de muito de observar a Lei. Se está aprovado e o município com 42 mil habitantes tem direito a 13 cadeiras, eu sou favorável. Apesar de que se aumentaria o gasto com o Legislativo. Sendo que ao mesmo tempo em que aumentaria, quando foi aprovada a PEC, todas as Câmaras automaticamente perderiam recurso. Há um entendimento, quando foi aprovada a PEC que fortaleceria o Legislativo. Eu não vejo desta forma. Eu vejo o enfraquecimento do Legislativo com maior numero de cadeiras. Mas se a Lei prevê 13 eu não vejo porque o município de São Francisco ser diferente. Alguns são contra a PEC. Ainda não há um consenso. Mas para mudar é necessário mudar a Lei Orgânica, com dois terços dos vereadores.
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