segunda-feira, 19 de março de 2012

Gestão de pessoal: Firjan divulga ranking das prefeituras

São Francisco de Itabapoana aparece em posição ruim. Prefeito atribui resultado à falta de receitas como royalties do petróleo.

São Francisco de Itabapoana apareceu em uma posição ruim em um ranking montado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) com gasto de pessoal das Prefeituras do Estado do Rio de Janeiro. O Jornal O Dia produziu reportagens com base nesse levantamento. Os municípios com as melhores notas valorizam servidores, pagam em dia e nem por isso comprometem a receita com a folha de pagamento. O estudo revelou que as cidades do Estado do Rio têm, em média, uma boa gestão em seus gastos neste quesito. Entre os 84 municípios avaliados, Rio das Ostras e Porto Real conquistaram a nota máxima (1,0) e são exemplo.

Em um trecho da matéria extraído do site www.odia.com.br, o jornal ouviu os representantes de municípios entre os melhores colocados na pesquisa:

O prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Carvalho Balthazar, comemorou: “A valorização do servidor público tem sido o nosso principal foco nos últimos anos. Trago empresas para a cidade para que o funcionário, em seu horário de trabalho, participe de cursos de capacitação”. Ele destacou que a cidade tem 70% de dependência dos royalties de petróleo. A folha de pagamento do município em fevereiro deste ano foi de R$ 17,1 milhões.

Para Jorge Serfiotis, prefeito de Porto Real, a cidade se reinventou depois de receber as fábricas da PSA Peugeot Citroen do Brasil e parte da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). “Nossas receitas saltaram de R$ 48 milhões em 2004 para R$ 150 milhões em 2011 e há previsão que chegue aos R$ 240 milhões este ano. Com todos esses investimentos pudemos valorizar o bem mais precioso do nosso município, os servidores que trabalham todos os dias em busca de melhores resultados”, avaliou.

Entretanto, de acordo com a matéria, três cidades do Estado: Cantagalo, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana aparecem entre as 384 do País que apresentaram as piores notas em gestão de servidores.

A reportagem de O Dia colocou alguns contrapontos de Prefeituras, todavia a de SFI alegou que precisava de um tempo maior para responder ao Jornal. O jornal então publicou: Cantagalo contestou o estudo e informou que pensa em processar a Firjan e defende que não extrapolou o limite de gastos com pessoal. São Fidélis faz coro e diz que seus gastos com pessoal atingiram 51% no período de estudado. Já a Prefeitura de São Francisco de Itabapoana não se pronunciou.

Mediante a reportagem, a Rádio São Francisco FM abordou a questão na edição desta segunda-feira (19) do Jornal São Francisco é Notícia. Nossa produção ligou para representantes do Governo Municipal para ouvir as explicações. Participaram do programa o Assessor de Comunicação Aurênio Nascimento e o próprio Prefeito Beto Azevedo. Aurênio alegou ser humanamente impossível levantar em um dia todos os dados solicitados pelo Jornal, como valor da folha de pagamento do município, quantitativo de servidores, valores de salários pagos a médicos e professores, percentual de reajustes salariais desde 2010, porcentagem da receita gasta com pessoal, entre outros. E que já solicitou à Controladoria do Município as informações para dar uma resposta ao órgão de comunicação carioca.

Já o prefeito Beto Azevedo se justificou, atribuindo a posição de SFI no ranking à ausência das mesmas receitas apontadas por Rio das Ostras e Porto Real para o sucesso na pesquisa. “Nós temos 61 poços de petróleo em produção na frente do território de São Francisco, e até hoje nós não conseguimos receber royalties do petróleo. Esse dinheiro está indo para outros municípios e faz muita falta ao nosso. Estamos em um município extenso, onde os serviços têm que chegar a diversos núcleos de moradores espalhados”, alegou Beto. O prefeito ainda se defendeu alegando que já foi publicada em Diário Oficial a licença ambiental para a construção de um Parque Industrial no município com o propósito de atrair empresas para geração de emprego.

Da Redação com informações do Jornal O Dia

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