Brasília - Delegados e peritos da Polícia Federal (PF)
rejeitaram, em assembleias ontem (22) e hoje (23), o reajuste de 15,8% em três
anos oferecido pelo Ministério do Planejamento. Os servidores reivindicam
aumento de 30% para reposição de perdas inflacionárias. Diferentemente de
agentes administrativos, escrivães e papiloscopistas da PF, a categoria não está
em greve.
De acordo com Antônio Góis, presidente da Federação Nacional
dos Delegados da Polícia Federal (Fenadepol), apesar da rejeição da proposta
governamental, a princípio não há previsão de greve. "Vamos levar nossa
posição e aguardar a apresentação de uma contraproposta", disse. Segundo
Góis, uma nova reunião com os representantes do Ministério do Planejamento deve
ocorrer na segunda-feira (27).
A assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento
informou que não há previsão de quando ocorrerá novo encontro com os delegados
e peritos. No entanto, segundo a assessoria, as reuniões com todas as
categorias prosseguirão até haver acordo.
Hoje mais cedo, o secretário das Relações de Trabalho do
Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, reuniu-se com agentes
administrativos da PF, representados pela Federação Nacional dos Polícias
Federais (Fenapef). A informação da assessoria do ministério é que os agentes
não aceitaram reajuste sem reestruturação de carreira, e será necessário fazer
uma nova reunião de negociação. Os policiais deixaram o ministério sem falar
com a imprensa.
Mendonça receberá outras categorias nesta quinta-feira,
entre elas servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e técnicos da Polícia
Federal.
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