A internauta Luana Ribeiro enviou e-mail ao Blog agora à noite, e conta com detalhes o que viu no céu. Ela disse que estava em Guarapari (ES) no momento da passagem do
meteoro pela Região. Confira:
Boa noite!
Meu nome é Luana Ribeiro e também vi o "rastro no
céu".
Estava em Guarapari (ES), acabei de chegar. Na hora
estava na Praia do Morro. O rastro passou exatamente em frente à praia. Eu
estava sentada de frente para o mar olhando para minha filha na água quando
passou. Desceu no sentido esquerda para direita e sumiu antes de chegar na
direção do mar. Ficamos até assustados, porque logo em seguida algumas nuvens
cobriram a luz do sol.
A imagem foi muito nítida e super interessante. Como se
fosse um papel laminado muito longo cortando o céu, refletindo a luz do sol.
Att, Luana.
INPE explica que fenômeno é comum
Priscilla Alves
do G1 Norte Fluminense
O especialista José Williams dos Santos Vilas Boas,
pesquisador da Divisão de Astrofísica do INPE explicou, por email, o porquê da
ocorrência desses fenômenos. Segundo ele, todos os dias milhares de meteoros
podem ser vistos caindo no planeta, mas a maioria não pode ser vista a olho nu
devido ao pouco brilho que produzem.
Ao longo do ano, a Terra passa por várias regiões no
Sistema Solar, que podem concentrar grandes quantidades de partículas,
conhecidas como 'meteoroides'. Durantes essas passagens, podem ocorrer chuvas
de meteoros, vistas em alguns lugares do planeta. De acordo com Vilas Boas, no
momento a Terra está cruzando duas regiões que podem gerar mais meteoros do que
o normal e mais brilhantes.
Ele explica que essas regiões se chamam alfa-Centauride e
gama-Normides. A primeira fica ativa entre 28 janeiro a 21 de fevereiro,
gerando meteoros bastante brilhantes. A segunda região está ativa entre 25
fevereiro a 22 de março e produz meteoros de brilho fraco.
De acordo com o especialista, os rastros vistos nos
últimos dias podem estar associados com a chuva de meteoros da região
alfa-Centauride, que é vista preferencialmente do hemisfério Sul.
Ele lembra que os meteoros têm tempo de vida muito curto,
podendo durar até alguns segundos nos casos de meteoros muito brilhantes ou
envolvendo meteoroides de massas grandes, na escala de dezenas ou centenas de
quilos.
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