quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

“Parecia um papel laminado muito longo cortando o Céu, refletindo a luz do sol”, conta internauta que viu passagem de meteoro



A internauta Luana Ribeiro enviou e-mail ao Blog agora à noite, e conta com detalhes o que viu no céu. Ela disse que estava em Guarapari (ES) no momento da passagem do meteoro pela Região. Confira:

Boa noite!
Meu nome é Luana Ribeiro e também vi o "rastro no céu".

Estava em Guarapari (ES), acabei de chegar. Na hora estava na Praia do Morro. O rastro passou exatamente em frente à praia. Eu estava sentada de frente para o mar olhando para minha filha na água quando passou. Desceu no sentido esquerda para direita e sumiu antes de chegar na direção do mar. Ficamos até assustados, porque logo em seguida algumas nuvens cobriram a luz do sol.

A imagem foi muito nítida e super interessante. Como se fosse um papel laminado muito longo cortando o céu, refletindo a luz do sol.

Att, Luana.

INPE explica que fenômeno é comum

Priscilla Alves
do G1 Norte Fluminense

O especialista José Williams dos Santos Vilas Boas, pesquisador da Divisão de Astrofísica do INPE explicou, por email, o porquê da ocorrência desses fenômenos. Segundo ele, todos os dias milhares de meteoros podem ser vistos caindo no planeta, mas a maioria não pode ser vista a olho nu devido ao pouco brilho que produzem.

Ao longo do ano, a Terra passa por várias regiões no Sistema Solar, que podem concentrar grandes quantidades de partículas, conhecidas como 'meteoroides'. Durantes essas passagens, podem ocorrer chuvas de meteoros, vistas em alguns lugares do planeta. De acordo com Vilas Boas, no momento a Terra está cruzando duas regiões que podem gerar mais meteoros do que o normal e mais brilhantes.

Ele explica que essas regiões se chamam alfa-Centauride e gama-Normides. A primeira fica ativa entre 28 janeiro a 21 de fevereiro, gerando meteoros bastante brilhantes. A segunda região está ativa entre 25 fevereiro a 22 de março e produz meteoros de brilho fraco.

De acordo com o especialista, os rastros vistos nos últimos dias podem estar associados com a chuva de meteoros da região alfa-Centauride, que é vista preferencialmente do hemisfério Sul.

Ele lembra que os meteoros têm tempo de vida muito curto, podendo durar até alguns segundos nos casos de meteoros muito brilhantes ou envolvendo meteoroides de massas grandes, na escala de dezenas ou centenas de quilos.

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