segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Entreposto pesqueiro começa operar daqui a 10 meses em Atafona

Atendendo a uma reivindicação antiga dos pescadores de São João da Barra, no Norte Fluminense, dentro de dez meses começa operar o Entreposto Pesqueiro, em Atafona, numa área superior a dois mil metros quadrados. Nesse terreno será construído um edifício principal com cais, área suja, silo de gelo, câmera de espera, administração, vestiários e sanitários, oferecendo infra-estrutura, suporte aos profissionais da pesca e proporcionando melhor qualidade do pescado. Trata-se de um convênio assinado entre a prefeitura local e a LLX, MPX e Anglo – empresas responsáveis pela construção do Complexo do Açu.

O projeto, orçado em R$ 2,8 milhões, está divido em três fases. A primeira etapa, de responsabilidade da LLX, funcionará como descarga, tratamento e seleção do pescado, comercialização direta de peixe fresco e serviço de abastecimento das embarcações como gelo e óleo. Serão gerados 40 empregos diretos nesse momento do projeto. As outras fases são de competência do poder público.

Segundo o presidente da Colônia dos Pescadores do município (Z-2), William da Silva Pereira, essa é uma luta que vem se arrastando há dois anos. Mas para que as obras comecem, serão necessárias licenças ambientais emitidas pelos órgãos competentes e a prefeita, Carla Machado, garantiu que a prefeitura estará atuando nesses detalhes para agilizar a construção do Entreposto. “O terminal vai fazer com que o profissional da pesca seja mais feliz, recebendo dali o que é justo pelo o seu trabalho”, comentou.

A prefeita falou, ainda, que o governo tem feito a sua parte quanto à macro drenagem dos canais que cortam o município. Mas ontem, ela também assinou um outro convênio com as empresas relativo à compensação ambiental, no valor de R$ 4,5 milhões, que serão direcionadas as drenagens em aproximadamente três quilômetros de canais; além de reforma, ampliação e adaptação da usina de lixo para coleta seletiva.

De acordo com a assessoria de imprensa da LLX, os serviços de drenagem nos canais estão previstos para começar dentro de 15 dias e serão concluídos em um prazo de quatro meses. Sobre a usina de reciclagem, as obras só irão começar após a obtenção da licença ambiental e serão concluídas em quatro meses.

Um comentário:

Armandao.com disse...

Caro Noel.
A gestão das águas deveria ter absoluta autonomia em relação ao poder político.
Explico em poucas palavras:
Interesses políticos pessoais, colocados sempre acima das reais necessidades da população, permitiram os níveis de degradação que hoje vivemos.
Toneladas de pedras lançadas no Rio Paraíba e outras intervenções absurdas, colaboraram para modificar o ritmo de suas águas . Rios assoreados, canais degradados, manguezais empobrecidos de vida, praias impróprias, lagoas secas e secando, lixo e ocupação desordenada com avanços sobre a restinga em todo o nosso litoral.
Muito nos preocupa as informações desta postagem, o progresso é necessidade premente , mas a evolução tem que ser preservada, inclusive a de nossa própria espécime, atentemos aos avisos que vem a nós via destruição do Pontal de Atafona, a enchente absurda que literalmente alagou Santa Clara e Guaxindiba teve boa parcela de culpa dos fazendeiros no entorno de algumas de nossas Lagoas.
Estamos instalando desordenadamente o caos, e as águas não se furtaram de corrigir nossos erros. Precisamos acordar e agir, imediatamente.
Quanto a LLX; que canais eles pretendem drenar? Com que base técnica eles pretendem fazer esta sangria? Rios e canais, valões e valas são como veias e pequenos vasos, água é como o sangue que permite a vida na terra, vamos brincar com a vida ?

Zé Armando