Neste domingo (25) os candidatos do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) terão cinco horas e meia para resolver as provas de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas
Tecnologias. É preciso preparo e muita atenção para vencer o cansaço e a
ansiedade.
O especialista em educação e diretor de uma rede de
escolas em Brasília, Alexandre Crispi, lembra que a prova não segue uma ordem
de dificuldade e sugere que os participantes comecem pela matéria que têm mais
domínio e afinidade, selecionando as questões que achem mais fáceis de
responder. “Se não der conta [da primeira questão], vai para a segunda, a
terceira e no final ele volta na prova. Eu sempre digo isso: comece a fazer a
prova pelas questões mais fáceis por que isso melhora a autoestima”, disse.
Para ele, outra dica importante é não ir embora antes do
fim da prova aproveitando o tempo para responder o máximo de questões.
Administrar o tempo, considerando a marcação do cartão de resposta, também é
importante. “Já vi candidato se concentrar, fazer uma prova maravilhosa mas só
teve um problema: na hora de passar para o cartão de resposta faltavam 10
minutos para terminar e ele não conseguiu”.
O professor sugere que o participante chegue com
antecedência ao local de aplicação para evitar atrasos devido ao trânsito.
Considerando o horário oficial de Brasília, os portões de acesso estarão
abertos a partir das 12h e fecham às 13h, quando não será mais permitida a
entrada de participantes. A prova começa a ser aplicada às 13h30, também no
horário oficial.
Como a prova deste domingo é uma hora mais longa do que a
de ontem (24), a dica é levar dois lanches. “Um para antes de começar a prova,
que seria o almoço, e o do meio do dia para ele não ter problema de
hipoglicemia que é a glicose baixa”. E quando bate o cansaço? Crispi sugere que
o candidato peça para ir ao banheiro ou para beber água e aproveite para
alongar o corpo. Com o ânimo renovado, aumenta a chance de o participante
conseguir ficar até o fim.
Uma das provas de hoje é a redação. A professora de redação
e literatura Daniela Barbosa sugere que os participantes façam um esboço do
texto logo no início do exame, selecionando os argumentos que serão defendidos.
“Fazer o rascunho da redação e depois partir para a prova. E deixar a meia hora
final para passar a limpo a redação”. A professora também citou a importância
de o participante administrar o tempo e gastar cerca de uma hora na redação,
para não prejudicar as demais provas.
Daniela lembra que os participantes terão que apresentar
soluções para o tema da redação proposto. “Não esquecer, em hipótese alguma,
que na conclusão ele deve apresentar uma proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos, ou seja, ele tem que buscar em agentes sociais, soluções
inovadoras para o encaminhamento do problema”.
Segundo a professora, é preciso ficar atento a alguns
detalhes que são observado na correção: “Tem que se atentar para o domínio da
norma culta, seleção de vocabulário, ortografia, concordância, crase.
Inclusive, fica a dica: se ele tem dúvida na escrita de uma palavra, trocar por
um sinônimo, porque se escrever a palavra de uma forma errada ele vai ser
penalizado”. Outro aspecto é o uso de conhecimento de outras áreas, como por
exemplo a filosofia, sociologia e a literatura.
E como última dica, Daniela relembra pequenos cuidados.
“Não utilizar o emprego da primeira pessoa, fazer um texto impessoal, evitar
gírias, coloquialismos e diálogo com o leitor”.
Fonte: Agência Brasil
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