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Uma festa cigana que já dura uma semana com muitas danças e foguetório tem sido o comentário na cidade de São Francisco de Itabapoana. E a festança teve hoje, domingo, 18, o seu ponto alto com dois casamentos cigano, em cerimônia abençoada pelo padre Fabiano, na Igreja Matriz de São Francisco de Paula. Exatamente às 11 horas, começou a carreata desde o acampamento até a igreja, onde curiosos se juntaram aos familiares dos ciganos e comemoram os dois matrimônios. Logo apareceram os noivos, e em seguida as noivas que aguardavam no interior dos veículos estacionados em frente à Igreja. Na sacristia o padre Fabiano se preparava para celebrar o primeiro casamento cigano. “Já fiz um batizado de filho de ciganos. Casamento é o primeiro”, diz. Indagado se a celebração seria especial, padre Fabiano disse que seria um pouco diferente e que com ajuda de Deus improvisaria o que faltasse. Casais no altar, padre Fabiano começa a cerimônia que não foi muito diferente dos casamentos que estamos acostumados a assistir. A timidez dos casais, no entanto, era visível e contrastava com a alegria dos pais e avós. “É um povo alegre e feliz”, comentava uma senhora emocionada com a entrada dos noivos Roni Soares Alencar, 16, e Paola Sales da Luz, 14. O outro casal era Márcio Corrêa da Luz, 18, e Bianca Serena Freitas da Luz, 14, ambos primos. Após o tradicional sim, padre Fabiano confessou que quando criança tinha medo de ciganos. “Morava em Itaperuna e quando sabia que os ciganos estavam na cidade, me escondia até em baixo da cama”, diz. Mas com o entendimento, e agora padre, observou que embora de costumes diferentes; todos são iguais. “Somos cristãos e filhos de Deus e os ciganos não são diferentes, são pessoas boas, alegres e nossos irmãos em Cristo”, disse. Ao final padre Fabiano perguntou se era costume nos casamentos ciganos o tradicional beijo entre os noivos após a cerimônia. Vozes em coro responderam que sim e começaram a sugerir: beija... beija... Mas os noivos beijaram as noivas na testa, em sinal de respeito e ganharam aplausos de todos no interior da Igreja.
Na porta da Igreja a “chuva de arroz”
Logo que saíram do templo católico, já em frente à igreja os casais foram homenageados com a tradicional “chuva de arroz”. Em seguida os noivos na carroceria dos carros cabine-dupla seguiram para o acampamento onde a festa prosseguiu com direito a valsa dos noivos, bolo e, depois, danças típicas dos ciganos. A festa prossegue à noite com exibição de dança do ventre e danças indianas. No acampamento de microfone em punho, José Alencar, representante do grupo e avô de uma das noivas, lembrou que ainda existe muito preconceito com relação aos ciganos. “Temos orgulho de afirmar que entre nós não existem prostitutas nem drogados”, concluiu José Alencar que também revelava um perfil preconceituoso, provavelmente sem maldade. O que de mais importante ficou, sem dúvidas, foi a observação do padre Fabiano, em suas palavras: “Somos todos filhos de Deus e irmãos”.
Na porta da Igreja a “chuva de arroz”
Logo que saíram do templo católico, já em frente à igreja os casais foram homenageados com a tradicional “chuva de arroz”. Em seguida os noivos na carroceria dos carros cabine-dupla seguiram para o acampamento onde a festa prosseguiu com direito a valsa dos noivos, bolo e, depois, danças típicas dos ciganos. A festa prossegue à noite com exibição de dança do ventre e danças indianas. No acampamento de microfone em punho, José Alencar, representante do grupo e avô de uma das noivas, lembrou que ainda existe muito preconceito com relação aos ciganos. “Temos orgulho de afirmar que entre nós não existem prostitutas nem drogados”, concluiu José Alencar que também revelava um perfil preconceituoso, provavelmente sem maldade. O que de mais importante ficou, sem dúvidas, foi a observação do padre Fabiano, em suas palavras: “Somos todos filhos de Deus e irmãos”.
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