Rio de Janeiro - Um projeto de alcoolduto privado, previsto para entrar em operação em 2012, vai representar uma mudança drástica na forma de transporte do produto no país. O projeto é do grupo Uniduto Logística, que representa 88 usinas de etanol de São Paulo, responsáveis por um terço da produção nacional. A estrutura terá 570 quilômetros, ligando as principais regiões produtoras de São Paulo com a capital e o litoral, de onde seguirá o álcool para a exportação. O investimento é de US$ 1 bilhão e vai possibilitar o transporte de 17 bilhões de litros de álcool por ano. Com o início do funcionamento do álcoolduto, serão retirados das estradas 1,6 mil caminhões de carroceria dupla, conhecidos como bi-trem, segundo o presidente da Uniduto, Sergio Van Klaveren. “Todo o transporte de etanol, que hoje é feito 95% por rodovias, deve passar para as dutovias, hidrovias e ferrovias. O álcool vai se beneficiar de um momento de crescimento, com uma mudança completa da matriz de transporte. A economia inicial no preço do produto será de 25%”, disse hoje (22) Klaveren, durante a 7a Rio Pipe Line, feira que reúne até o dia 24 as maiores empresas brasileiras e mundiais em transporte por dutos, principalmente nas áreas de petróleo e gás. De acordo com o presidente da Uniduto, a tendência é aumentar a participação do Brasil neste modal, que atualmente possui 20 mil quilômetros (km) de dutos, incluindo um gasoduto, um oleoduto e um minerioduto, contra 820 mil km dos Estados Unidos e cerca de 300 mil km da Rússia. Klaveren calcula que a economia com o óleo diesel que deixará de ser utilizado pelos caminhões chegue a 85 milhões de litros por ano. Além disso, segundo ele, a retirada de circulação dos veículos pesados vai contribuir para a manutenção das estradas e a redução do número de acidentes. O início das obras do duto está previsto para meados de 2010. A Petrobras também planeja operar um alcoolduto, que se estenderá desde regiões produtoras em Goiás até o litoral do Rio de Janeiro, passando pelo estado de São Paulo. Segundo a assessoria da estatal, o projeto que chegou a ser cogitado para entrar em operação ainda este ano, não tem prazo definido para o início das obras por questões de amadurecimento de mercado e a concessão de licenças ambientais. Vladimir Platonow Repórter da Agência Brasil
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