quarta-feira, 2 de março de 2011

Congos relembra enredo inesquecível no carnaval de 2011



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Quando entrar na avenida, exatamente a meia-noite do domingo de carnaval e com direito a bis na terça-feira, às 22h, a Escola de Samba Congos fará uma viagem em sua história ao reeditar o enredo Zodíaco, o carnaval das estrelas. Apresentado pela primeira vez no ano de 1984, um dos pontos altos daquele carnaval foi o samba composto por Zeca Ribeiro e reconhecido como um dos mais belos da agremiação em todos dos tempos.

Hoje, 27 depois, o tema será levado novamente ao público em uma releitura moderna e aprofundada, com quatro alegorias, dois tripés e com os 600 componentes da escola divididos em quatros setores. Neles, serão representados os elementos da natureza: ar, água, terra e fogo. A bateria fará uma alusão à sorte, com os 80 ritimistas tendo à frente a rainha Carina Meireles e a madrinha Thais Malhardes.

As quatro alegorias irão sintetizar, de acordo com carnavalesco Geraldo Lopes, a relação desses elementos com o zodíaco, já que cada um deles representa três signos. “O carro abre-alas é denominado ‘Elemento ar no cenário multicor’. O segundo carro traz a terra simbolizando a natureza como equilíbrio do planeta. Nas alegorias seguintes, iremos trazer o fogo da criação e a água como a vida do planeta”, explicou.

Com o intuito de realizar um belo carnaval, a altura do inesquecível enredo, a agremiação vermelha, preta e branca, fundada em 1932, conta com o trabalho incessante de 40 pessoas em seu barracão. Misturados aos voluntários que têm como principal motivação para encarar o árduo trabalho a paixão pela escola, estão profissionais de diferentes áreas, como costureiros, eletricistas, escultores, carpinteiros, pintores, marceneiros e soldadores.
— Os trabalhos no barracão tiveram início em agosto de 2010 e podemos dizer que já temos mais de 80% de nosso trabalho concluído. Os gastos para colocar a escola na avenida devem totalizar R$ 250 mil. Desse valor, R$ 180 mil é da subvenção concedida pela prefeitura. Em termos de mão-obra, calculo que 70% das pessoas que trabalham conosco sejam remuneradas e o restante voluntário — enfatiza Geraldo Lopes, que divide a responsabilidade como carnavalesco dos Congos com Jorge Renato Amaral.

Completando seu décimo primeiro carnaval à frente dos Congos, Geraldo Lopes vê no colorido a ser apresentado na avenida, no desing dos carros alegóricos e no samba o diferencial que deverá empolgar o público durante os 90 minutos de desfile. Outros ingredientes para o sucesso são o luxo dos sete destaques, a desenvoltura dos casais de mestre sala e porta-bandeira Marlucia/Elder e Elida/Jhonatan e o brilho da rainha da escola, Rita Amaral, que estreou na passarela do samba para defender as cores congolesas há exatos 27 anos, em um certo desfile lá pelos idos de 1984.
(Maurício Barreto )

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