sábado, 5 de março de 2011

Valão Seco, em São Francisco, lugar da boa goiabada caseira

Goiabada em palhinha ou em tabletes, o sabor da tradição de mãe para filha
Dona Zeza exibe uma goiabada feita em forma própria.


A palhinha, que serve de embalagem para o doce, é originária da espiga de milho


Enquanto uma taxada da goiabada está em processo de produção, Dona Zeza cuida da embalagem do doce em tabletes.

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A fabricação da goiabada caseira em Valão Seco, ainda é artesanal. “O que mudou para melhor, foi a substituição da pá, tipo remo de canoa, por um sistema mecanizado ligado a energia. O "remo" era utilizado para mexer a poupa da goiaba, no taxo ao fogo, até dar o ponto do doce". Quem conta, é a doceira Lucinéia Barros Campos, 52, proprietária da pequena fábrica. A mudança ocorreu há quatro anos.

Fábrica existe há 40 anos.
A fabricação de goiabada já existe há 40 anos, e começou com Dona Maria Madalena de Barros Campos, mãe de Lucinéia que também é conhecida por Zeza da Goiabada. A mãe de Zeza, a saudosa Maria Madalena, era tia do médico cardiologista Dr. Germano e faleceu no final de 2009, aos 104 anos. “Nós continuamos a fabricação para manter a tradição”, diz.

Em Valão Seco, uma comunidade às margens da RJ-224, em São Francisco de Itabapoana, existem pelo menos 10 pequenas fábricas caseiras de goiabada.

Na casa de Dona Zeza a fabricação é feita em um barraco no quintal da casa e, todos da família, ajudam: filhos, genro e irmão. “Cada um tem uma função”, conta dona Zeza.

Para cada taxada de goiabada, segundo a receita da fábrica, são utilizados 20 quilos de goiabas e dez de açúcar. Mas antes, do processo de fabricação, as goiabas são lavadas e descascadas. “Quando misturamos a polpa da goiaba com a casca, surge então a goiabada cascão que também é muito procurada”, diz.

Toda a produção é logo vendida.

“Graças a Deus vendemos muito aqui mesmo na fábrica. Mas, alguns tabletes e doces feitos com embalagens da palha da espiga de milho, são vendidos no comercio de São Francisco de Itabapoana e nas barracas na beira do asfalto na RJ-224”, diz Zeza.

O preço de fábrica fica mais em conta: um tablete sai por R$3, enquanto no comércio chega a ser vendido a R$5 reais.

Região dos Lagos também compra a goiabada de Valão Seco
Cabo Frio, Rio das Ostras e Campos são algumas das cidades cujos moradores, apreciadores da goiabada, já experimentaram o sabor da delicia produzida em Valão Seco.

Se você gosta de goiabada e quiser experimentar o sabor da goiabada caseira de Valão Seco tem duas opções: comprar na fábrica ou nas barraquinhas localizadas às margens na RJ-224 em Imburi. É só pedir a famosa goiabada de Valão Seco.

No momento em que a reportagem do Blog chegou a fábrica de Dona Zeza, o taxo estava com o doce quase no ponto e, uma outra taxada, já estava sendo preparada. “É que toda produção vende muito rápido”, concluiu.

A equipe que trabalha na fabricação é composta do genro Jorge Luiz dos Santos Junior que só pode ajudar quando está desembarcado da plataforma marítima na Bacia de Campos; o filho Laércio Campos Nogueira, o Dedé , e mais dois ajudantes que não estavam no momento da reportagem. O Jorge Luiz disse que sempre que retorna a plataforma, onde presta serviço para uma empresa terceirizada, os colegas encomendam as goiabadas. "Até em alto mar a goiabada de Valão Seco também faz muito sucesso", conta Jorge Luiz.

Um comentário:

Uedson disse...

Sou de Valão Seco e estou mt satisfeito com esta divulgação.Estes produtos deveriam ser + divulgados, pois são deliciosos,e de boa qualidade.Em breve,juntos,aqui estaremos organizando o festival da goiaba(goiabada),afinal de contas temos que icentivar a cultura do nosso povo.Este é um produto artesanal .Valeu Paulo!